O período ainda é de transição e precariedade para a Escola de Dança do Teatro Guaíra, em Curitiba, mas alunos e professores já vislumbram tempos melhores. Nesta quarta-feira, a escola reinaugurou o espaço, que acaba de passar por reformas estruturais.
Instalada num barracão alugado no bairro Cristo Rei há três anos, a escola já passou nesse período por dois assaltos, perdendo equipamentos de sons e outros objetos importantes e valiosos. Além de conviver com a insegurança, durante esse tempo, os quase 300 alunos da escola também dividiram o sonho de se tornar bailarinos profissionais com uma realidade nada agradável: pisos dos estúdios inadequados, buracos no chão e nas paredes e falta de espaço físico para os ensaios.
Agora, porém, essa realidade pode estar mudando. A diretora do Centro Cultural do Teatro Guaíra, Nitis Jacon, comemora as reformas do espaço, que custaram pouco mais de R$ 10 mil aos cofres públicos. Ela também adianta que o Guaíra está prevendo para o próximo ano orçamento para a construção de uma sede própria da escola.
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O terreno para abrigar o novo espaço já está até definido. Fica no bairro Ahú e tem cerca de 3 mil metros quadrados. Deve abrigar, além da escola de dança, também a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP).
Por enquanto, Nitis prefere não revelar o valor previsto para as obras, mas está otimista. ''Se não conseguirmos o valor total em 2004, com certeza vamos conseguir pelo menos uma parcela que dê para iniciar a construção'', prevê.
A Escola de Dança do Teatro Guaíra existe há 47 anos e nunca teve uma sede própria. A mesma situação atravessa a Orquestra Sinfônica, que ensaia precariamente nas dependências do Teatro Guaíra.
Mas enquanto o projeto da sede própria não sai do papel, a escola está tentando driblar as dificuldades com soluções paliativas. A pequena reforma, no entanto, realizado com aproveitamento de materiais do próprio Guaíra, não significou uma baixa considerável no orçamento do governo, mas com certeza serviu para levantar a estima de alunos e professores, abalada principalmente com o último assalto, em abril.
''Tínhamos que aumentar a sensação de segurança dos alunos, pais e professores. Agora a escola tem alarme monitorado e conta também com seguranças'', revela a diretora do Guaíra. No começo do ano, os seguranças da escola foram relocados para o Museus Oscar Niemeyer (MON).
A escola também prepara quatro novos projetos para o ano que vem e também prevê aumentar o número de alunos e bolsistas. Atualmente, dos 300 alunos entre cinco e 25 anos que estudam na escola, apenas 70 são bolsistas. O restante paga uma mensalidade de R$ 40,00, valor considerado pequeno se comparado a escolas particulares.
Para o próximo ano, a escola quer dar andamento a novos programas, como o Novos Talentos, que prevê bolsas de estudo a alunos de escolas públicas; o Projeto Coral, Dança Masculina, que fortalecer a dança masculina no Estado e o Projeto Talentus, que quer identificar alunos com capacidade para solistas, promovendo bolsas de estudo no exterior.
A escola também quer promover para o ano que vem, um maior intercâmbio entre as cidades do interior, prestando assessoria para prefeituras e abrindo vagas para alunos de outras cidades do Estado.
Atualmente, os alunos da escola são admitidos por meio de testes que acontecem em julho e dezembro. Mais informações podem ser obtidas no site www.teatroguaira.pr.gov.br