Cerca de dez técnicos do Ministério da Saúde, Secretária de Estado da Saúde, Instituto Adolfo Lutz de São Paulo e Secretaria Municipal de Saúde estão fazendo os primeiros trabalhos científicos para detectar as espécies de roedores que estão transmitindo o hantavírus - vírus que se encontra na urina e nas fezes de ratos silvestres e que se espalha pelo ar - nas regiões madeireiras de General Carneiro (município que fica 274 quilômetros ao Sul de Curitiba). As primeiras coletas para pesquisa científica foram iniciadas nesta terça-feira.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde, Isaías Cantóia, a orientação é para que as espécies de roedores sejam capturadas e que sejam colhidos os materiais que podem transmitir a doença.
"É um trabalho que deve demorar cerca de 15 dias", declarou ele. Os técnicos terão que fazer incursões no matagal e detectar as formas de procriação dos ratos silvestres. "Temos que verificar como o homem pode correr o menor risco possível de contrair a doença. Não dá para usarmos veneno na natureza. Temos que tentar eliminar suas formas de procriação e de contato com os trabalhadores da região", destacou.
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Este ano, a secretaria de Saúde já confirmou sete casos da doença no Estado com duas mortes. "Depois de feito um trabalho científico detalhado, vamos sugerir medidas de controle na mata", afirmou Cantóia.
Algumas medidas preventivas já foram tomadas. Entre elas, o melhoramento da proteção de alimentos e da estrutura dos acampamentos. Também está sendo feito um trabalho de orientação. "Quando a doença não tem vacina, a informação é o melhor remédio para a prevenção", disse ele.