Lideranças políticas das região do entorno do Parque Nacional do Iguaçu se reuniram ontem com o secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, para cobrar do governo uma posição sobre a Estrada do Colono. Uma comissão formada por 13 deputados e prefeitos das cidades próximas ao parque quer saber quais as alternativas que o Estado vai oferecer para a população depois da interdição do caminho e também entender o motivo da ação truculenta da polícia para cumprir a decisão judicial que determinou o fechamento da estrada, na última quarta-feira.
"A população está revoltada e quer uma resposta", declarou o prefeito de Capanema (112 Km a oeste de Francisco Beltrão) Valter José Steffen (PDT). O governo não apresentou nenhuma proposta, mas se comprometeu a agir como mediador entre os ambientalistas - que são categóricos em defender o fechamento da estrada- e a população, que se sente prejudicada com a interdição. Alceni Guerra informou que uma nova reunião será marcada para discutir alternativas de desenvolvimento sustentável na região. Dessa vez a reunião deve acontecer com o ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho, ainda sem data marcada.
A comissão formada por deputados e prefeitos que defendem a reabertura da estrada também marcou para hoje encontro com a juíza Marga Inge Tessler, do Tribunal Regional Federal da 4º Região, com sede em Porto Alegre, para tentar reverter a sentença emitida por ela e que garantiu a interdição do trecho de 17,6 quilômetros. Para cumprir a decisão judicial foi preciso intervenção da Polícia Federal e do Exército, que só ontem começou a deixou o caminho.
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Steffen acredita que a decisão de fechar a estrada foi parcial. "A juíza não conhece a região e provavelmente não sabe que 300 mil pessoas estão sendo prejudicadas com o fechamento da estrada." As lideranças políticas contrárias ao fechamento querem buscar uma saída para suprir o impacto e o prejuízo que a população vai sofrer com a interdição. A solução mais viável, segundo Steffen, seria a construção de uma estrada que cause menos impacto ambiental para o Parque Nacional do Iguaçu, que detém o titulo de Patrimônio Natural da Humanidade, ao mesmo tempo que atenda às necessidades da população.