Um trabalho de conclusão de curso em Ciências da Computação apresenta uma alternativa promissora para a reabilitação de pacientes que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral) e enfrentam a perda parcial do campo visual, conhecida como hemianopsia.
Gustavo Henrique da Silva Barbosa, aluno de graduação do Dinf (Departamento de informática) da UFPR (Universidade Federal do Paraná), criou o AeroVR, um jogo em realidade virtual projetado para auxiliar na compensação dessa perda visual de forma mais atrativa e envolvente para os pacientes.
O trabalho é orientado pelo professor Eduardo Todt, pesquisador do Laboratório VRI (Visão Robótica e Imagem) e do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), e tem coorientação do professor Renato Nickel, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPR.
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O AVC é uma das principais causas de morte no Brasil. Segundo dados do portal de Transparência do Registro Civil, em 2023, mais de 110 mil pessoas morreram em decorrência de AVC. A média é de 306 casos por dia. Entre os sobreviventes, muitos enfrentam sequelas permanentes, como a hemianopsia.
Os métodos tradicionais de terapia, que geralmente envolvem exercícios repetitivos, tendem a ser pouco motivadores para os pacientes. Compreendendo essa dificuldade, o estudante de Ciência da Computação desenvolveu o AeroVR, integrando conceitos de realidade virtual e jogos sérios para promover maior engajamento durante o tratamento.
"A realidade virtual permite estimular uma ampla área do campo visual, enquanto os jogos sérios são projetados para incentivar o envolvimento do paciente no tratamento", explica o pesquisador.
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