Os quatro estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) detidos durante o confronto policial em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, foram liberados na noite desta quarta-feira (29). A informação foi confirmada pela diretora de comunicação do Sindriprol-Aduel, Silvia Alapanian.
Segundo ela, os universitários, que não tiveram nomes e idade divulgados, saíram da delegacia por volta da meia-noite. Eles faziam parte de um pequeno grupo de acadêmicos que viajou para acompanhar os professores na manifestação. Cerca de uma hora após a liberação, eles embarcaram em caravanas de outras entidades e voltaram para casa. "Eles chegaram em Londrina por volta das 7h30 e estão bem. A princípio, não sofreram violência física", afirma.
Ainda conforme a diretora, a Polícia Militar (PM) se negava a dar informações sobre os presos e houve grande dificuldade para encontrá-los. "Não conseguíamos saber a identidade dos policiais que os tinham prendido e ninguém se apresentava. Tivemos que fazer contagem dos presentes e descobrir quais estudantes estavam detidos por exclusão", relata. Só depois de três horas, o presidente da Sindipro/Aduel, Renato Lima Barbosa, que é advogado, conseguiu acessá-los na delegacia.
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Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Comissão de Direitos Humanos devem dar atenção especial ao caso. "Os estudantes estavam recolhendo barracas no acampamento quando foram presos por policiais à paisana". A PM, segundo ela, alegou vandalismo no ato da prisão.
Os demais feridos por balas de borracha e outros aparatos de contenção registraram boletim de ocorrência e vão realizar exames de corpo de delito. "Muita gente passou mal com o gás e quase desmaiou" diz. "Foram quase três horas de bomba de gás lacrimogêneo na praça".
Apenas dirigentes de centros acadêmicos da UEL e lideranças dos sindicatos permanecem na capital mas devem voltar ainda hoje.