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Operação em Apucarana

Falsificadores usavam cheques para lavar dinheiro

Guilherme Batista - Redação Bonde
10 abr 2013 às 17:39

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O esquema de falsificação e pirataria, desbaratado pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Apucarana na terça-feira (9), utilizava cheques como "moeda corrente". Durante as diligências, os promotores apreenderam mais de R$ 2 milhões em cheques em uma só empresa.

Em outra fábrica, a abordagem foi feita no momento em que inúmeros cheques chegavam da Bahia por meio do Sedex dos Correios. "Era um movimento paralelo, colocado em prática pelos falsificadores, que conseguia esconder todo o esquema. Eles lavavam dinheiro através dos cheques", destacou o delegado da Receita Federal em Londrina, Luiz Fernando da Silva Costa.

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Ele contou que os falsificadores usavam os cheques para comprar imóveis. Um dos empresários detidos tinha em seu nome mais de 40 imóveis. Outro havia acabado de comprar uma fazenda no valor de R$ 10 milhões. "Os cheques só eram depositados em transações de terceiros. Nunca para pagar algo relacionado às empresas usadas no esquema. É por isso que as atividades operacionais do esquema ficavam escondidas", argumentou.

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Os empresários são acusados de sonegar diversos impostos com o esquema de falsificação. A Receita Federal ainda vai avaliar o dano causado aos cofres públicos através do não recolhimento de diversos tributos, como o PIS/Cofins e o Imposto de Renda.

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Propina


Os empresários também são acusados de pagar propina a policiais civis de Apucarana. Dois investigadores e o então delegado-chefe da cidade, Valdir Abrahão, foram detidos acusados de acobertar e proteger o esquema em troca da vantagem indevida. Segundo o Ministério Público, cada um recebia até R$ 5 mil por mês de propina do esquema.


Além do trio, outras 21 pessoas foram detidas durante a operação. Os policiais foram encaminhados para Curitiba. Os demais estão presos na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2).

Todos são acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção - ativa e passiva.


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