Assustados com a crescente onda de violência, moradores de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba, pediram ontem na Secretaria de Segurança Pública mais policiamento no município. Segundo levantamentos do Conselho Comunitário de Segurança, apenas 20 policiais militares prestam atendimento para uma população de 80 mil pessoas.
Só nas duas primeiras semanas de janeiro, foram registradas 107 ocorrências graves em Fazenda Rio Grande, segundo o líder comunitário Orlando Bonette, que participou de reunião na secretaria para pedir que o efetivo de policiais seja dobrado. Uma comissão de 15 moradores o acompanhou. A maioria dos crimes (34 ocorrências) está relacionada a furtos e assaltos em residências.
"A situação está péssima em nossa cidade", disse Bonette. Os casos acontecem sempre de madrugada. O horário preferido dos ladrões é entre meia-noite e oito da manhã. Num outro levantamento parcial, os moradores que integram o conselho de segurança descobriram que menores de 18 anos e adultos disputam de quem lidera a responsabilidade pelos crimes. A pesquisa apontou que os maiores de 18 anos se envolveram em 14 casos, um a menos que os adolescentes.
Leia mais:
Lote 3 das novas concessões terá rodovias estaduais duplicadas entre Londrina e São Paulo
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
O coordenador dos conselhos de segurança da secretaria, Benedito Faccini, prometeu um desfecho para os problemas apresentados pelos moradores no encontro de ontem. A primeira medida vai ser identificar quais são as prioridades para melhorar a segurança em Fazenda Rio Grande. Ele disse que as sugestões dos moradores serão levadas em conta. Caso o efetivo esteja mesmo deafasado, Faccini pretende enviar um comunicado ao 17º Batalhão da Polícia Militar para deslocar mais soldados.
A Prefeitura de Fazenda Rio Grande também deve ser acionada. Benedito Faccini disse que segurança pública é feita com uma iluminação pública que funcione. A manutenção do serviço fica a cargo das prefeituras. "Uma rua bem iluminada não atrai marginais", afirmou. A possibilidade de deslocar servidores para ocupar cargos burocráticos no lugar de policiais é uma alternativa que não está descartada. "Isso já vinha sendo feito na administração passada. Como o prefeito mudou, temos que saber se é possível continuar com esta parceria".