A Delegacia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que prendeu na última segunda-feira dois seguranças de uma fazenda, um deles acusado de matar, no dia 9 de abril, três pescadores que entraram na propriedade, pode indiciar os proprietários da fazenda por posse ilegal de armas.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Germino Marques, um dos donos da Fazenda Capão, em Piraquara, seria um advogado que a delegacia não soube identificar, sócio de uma empresa de planejamento e projetos com sede em Curitiba.
A delegacia deve, agora, investigar se houve ou não participação no crime de forma indireta, por parte dos proprietários da fazenda, ou seja, se os mesmos tinham conhecimento das armas sem documentação que eram usadas por seus funcionários, assim como se os seguranças tinham ordem para atirar em pessoas que invadissem a propriedade.
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Segundo Germino Marques, no local haviam apenas placas de alerta, e não ameaçadoras. ''As placas alertavam as pessoas a não invadirem a propriedade particular para pescar.''
As armas encontradas dentro da fazenda, inclusive a usada no crime, estavam na casa de José Carlos Moraes, um dos seguranças da Fazenda Capão, que teria participado indiretamente do crime escondendo as armas.
Segundo o delegado, um engenheiro que informou ser sócio do advogado na empresa de planejamento e projetos informou à polícia que o advogado estaria viajando a negócios.
Os dois acusados do crime, Anselmo Roza e José Carlos Moraes, estão detidos provisoriamente na Delegacia de Piraquara.
Anselmo Roza pode ser indiciado por triplo homicídio e pode pegar pena de até 30 anos de reclusão. José Carlos Moraes, acusado de participar indiretamente no crime, pode cumprir pena de até seis anos.