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Figueira protesta contra fim de usina

Redação - Folha de Londrina
11 abr 2003 às 09:17

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Moradores de Figueira (125 Km ao sul de Jacarezinho), que possui cerca de 9 mil habitantes, e de vários municípios da região saíram às ruas nesta quinta-feira para protestar contra a decisão do Conselho Deliberativo da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) de encerrar, dentro de três meses, as atividades na Usina Termelétrica do município.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 4 mil pessoas participaram do ato público, que percorreu as principais ruas da cidade.

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Desde que a decisão do Conselho Deliberativo da Copel foi anunciada, uma Comissão Pró-Usina vem se mobilizando.

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A comissão alega que além das 290 pessoas que perderão seus empregos, toda a economia da região será prejudicada com a paralisação da usina, que em 1996 foi terceirizada para Carbonífera Cambuí, responsável pela operação e manutenção da termelétrica.

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''A população da nossa cidade depende das duas empresas para sobreviver'', destacou a presidente da Associação Comercial e Industrial de Figueira, Elizabete Gemin.


Ela disse que grande parte dos 150 estabelecimentos comerciais existentes no município será prejudicado com a medida. ''Eles vão acabar fechando ou terão que demitir funcionários para se manter no mercado''.

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Elizabete lembra que há cerca de 15 anos existiam pelo menos mil pessoas trabalhando nas duas empresas. ''Quando começaram a reduzir o quadro de funcionários já sentimos o impacto. Agora, será um verdadeiro caos'', prevê.


O engenheiro de minas e responsável pelas operações da Carbonífera Cambuí, Nilo Schneider, explica que a Copel alega que o fechamento é necessário por causa do prejuízo causado pela termelétrica.

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Entretanto, ele afirma que a repotenciação da usina, como está previsto em projeto apresentado em 2001 durante audiência pública, resolveria totalmente o problema financeiro.


Com a repotenciação, a capacidade de geração de energia passaria dos atuais 20 MW para 125 MW de capacidade nominal, aumentando os lucros da companhia.


O investimento seria da ordem de US$ 120 milhões. Schneider ressalta que as Usinas Termelétricas servem de garantia para manutenção do fornecimento de energia elétrica em casos de crise no setor hidrelétrico, como a ocorrida durante o apagão registrado no final de 2001 e início de 2002.

''Vários especialistas já anunciaram a possibilidade de acontecer uma nova crise dentro de dois anos no setor de energia elétrica. Hoje a situação é confortável, mas o futuro é incerto'', observa.


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