Com a emissão crescente de gases e produtos poluidores na atmosfera, calcula-se que a concentração de carbono aumentou em pelo menos 25% no último século. Produtos expelidos diariamente, como o monóxido de carbono dos veículos, clorofluorcarboneto (CFC), resíduos industriais, o uso de combustíveis fósseis como o petróleo, além do desmatamento são os maiores responsáveis pela concentração do gás carbônico na atmosfera.
Não é apenas a atmosfera que sofre mudanças. O efeito estufa - que deveria ser um processo natural benéfico à vida - também aumentou muito. Com isso, a temperatura média do planeta, de 20 graus centígrados, vem aumentando em 0,4% ao ano. Em 100 anos, a temperatura terá elevado entre 1,5º a 3,5º. Consequentemente, o nível dos oceanos também aumentarão entre 15 cm a 1 metro.
"Parece pouco, mas pode acabar com populações em regiões quentes que tenham, por exemplo, um aumento de 10 graus na temperatura. Nas regiões polares, a consequência é o derretimento do gelo, que resulta no aumento do oceano. Em países baixos, como a Holanda, pode haver inundação de cidades inteiras.
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As ressacas também serão bem mais freqüentes", alerta o engenheiro florestal André Rocha Ferretti, coordenador técnico do projeto de captação de carbono da Reserva Natural de Itaqui. Outra consequência é o desequilíbrio das florestas e perda da biodiversidade.
As iniciativas de captação de carbono da atmosfera fazem parte do projeto "Ação contra o Aquecimento Global", executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Proteção Ambiental (SPVS) na APA de Guaraqueçaba, no litoral norte do Paraná. A ONG segue uma experiência mundial para reverter os reflexos do efeito estufa. Nesse sentido, a SPVS está adquirindo áreas para recuperação e proteção das florestas, que irão "recaptar" o carbono, que um dia já foi parte das plantas.