A maior rebelião do Paraná terminou após 142 horas de terror na Penitenciária Central do Estado (PCE), situada em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Com o fim do protesto, os 23 rebelados (quatro deles integrantes da cúpula da organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital-PCC) liberaram 22 reféns.
Os presos foram transferidos para os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará. A revolta acabou com um saldo de quatros mortos (um deles o agente penitenciário Luciano Aparecido Amâncio) e dois detentos feridos.
Os presos se entregaram a partir das 14h10, quando liberaram um grupo de 12 reféns. Os primeiros rebelados, com destino para São Paulo e Santa Catarina, saíram em comboio em oito camburões do Batalhão de Choque. Minutos depois outro grupo de rebelados foi levado até o Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, de onde três aviões voaram rumo ao Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará.
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Todos seriam entregues pelos policiais paranaenses às autoridades penitenciárias daqueles estados. A Polícia Militar de São Paulo disponibilizou um helicóptero para acompanhar o comboio da divisa com o Paraná até a capital paulista. Mesmo recurso foi usado pela corporação do Mato Grosso do Sul.
Somente às 16h15, a revolta acabou definitivamente. Foi quando os integrantes do PCC, que foram arregimentados na penitenciária durante a rebelião, liberaram outros noves reféns. Somente nesse momento, os agentes penitenciários puderam retirar, junto com funcionários do Instituto Médico Legal, o corpo do agente morto.
Também foram removidos os corpos dos três detentos mortos. Dois deles estavam decapitados, com a cabeça sob a barriga. O preso que matou o agente, Jospe Reginaldo Rebek, apresentava marcas de agressão e também teve os braços cortados. A decapitação e o esquartajamento são símbolos que marcam as mortes encomendadas pelo PCC.
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