O governo do Paraná vai criar, nos próximos dias, força-tarefa para tratar e coibir o contrabando e roubo de agrotóxicos, assim como assaltos nos postos de atendimento de cooperativas agrícolas e autuações no transporte rodoviário de agrotóxicos.
O assunto foi discutido na manhã desta quinta-feira (24), na secretaria de Segurança Pública entre o vice-governador e secretário de Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, representantes do Sindicato e Organizações das Cooperativas do Estado do Paraná, João Paulo Koslovski, o presidente da Ocepar, Áureo Zamprônio, da Coagru, e Frank Dijkstra, da Batavo. O comandante da Polícia Rodoviária, major Tachibana também participou do encontro.
Segundo Pessuti, o governo irá intensificar os trabalhos da polícia especializada para rastrear essas atividades ilícitas. Além disso, irá reunir os sindicatos rurais, a Federação da Agricultura e do Abastecimento (Faep), os técnicos do setor de fiscalização para que, de forma conjunta, auxiliem a identificar o uso dos lotes dos defensivos agrícolas nas lavouras.
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O secretário de Segurança discutiu também as reivindicações dos representantes do setor agrícola e determinou que o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) centralize as investigações sobre os crimes que afetam os agricultores paranaenses, principalmente roubo de insumos e maquinários agrícolas.
Também será avaliada a possibilidade de patrulhamento preventivo próximo às agências bancárias, em horas de coletas e malotes, e nos finais de expedientes nas cooperativas seriam avaliadas pela secretaria.
Casos
Na última terça-feira (22) um grupo não identificado roubou da Cooperativa Agrícola União (Coagru), de Ubiratã, uma carga de agrotóxicos avaliados em R$ 1,8 milhão. Segundo João Paulo Koslovski além desse problema, furto da carga na cooperativa, "os produtos acabam depois sendo vendidos nas próprias regiões, diretamente nas propriedades rurais, a preços menores que os praticados no mercado".
Na semana passada, a Polícia Federal de Palmas/Tocantins prendeu em flagrante duas pessoas que seriam responsáveis pelo contrabando de fungicidas do Paraguai até o norte do Brasil.
A operação aconteceu entre Silvanópolis e Porto Nacional, quando policiais federais abordaram um caminhão Scânia modelo 113-H placa AEE-4634 de Curitiba, conduzido por Pedro Antonio Zancan. Na carreta estavam 106 caixas do veneno de marca Agronazol, procedente do Paraguai.
Na última terça-feira uma família inteira foi rendida por dois assaltantes que estavam armados com revólveres calibre 38 numa propriedade rural de de São Silvestre, zona rural de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Os assaltantes levaram um trator e fugiram em direção à Estrada do Cerne que faz ligação com os municípios de Teixeira Soares (50 km ao sul de Ponta Grossa), Castro e Rio Branco do Sul (RMC).
O que ocorre é que como são equipamentos grandes e caros eles são revendidos para outros fazendeiros. As características do trator são alteradas, as cores são pintadas.
Além do roubo do trator, muitas vezes as quadrilhas levam caminhões, veículos, insumos agrícolas e pertences domésticos. Para combater essa situação, a PM está colocando em operação este ano a Patrulha Rural.
Dos 15 batalhões espalhados pelo Paraná, seis tem pms treinados para fazer policiamento ostensivo e preventivo, levantamento cadastral de propriedades rurais, cooperativas e entrepostos, fiscalização de veículos e implementos agrícolas, identificação e detenção dos procurados pela Justiça, visitas regulares aos proprietários rurais, orientação e assessoramento sobre segurança em propriedades rurais.
Informações da AEN e Folha de Londrina