Apesar do decreto determinando quarentena para cidades das áreas de abrangência de sete Regionais de Saúde do Paraná - entre as quais, as de Londrina e Cornélio Procópio -, o próprio governo do Paraná admitiu que nenhuma cidade tem obrigação de adotá-lo. A confirmação veio nesta quarta-feira (1º), primeiro dia de validade do decreto assinado na véspera pelo governador Ratinho Junior (PSD). A medida foi contestada por vários prefeitos, que não seguiram a determinação de endurecimento das restrições de circulação e funcionamento do comércio.
Nesta quarta, a assessoria de imprensa do governo do Estado emitiu notas oficiais em que chega a ameaçar tomar providências, caso as determinações do decreto fossem questionadas. Pouco tempo depois, entretanto, admitiu que decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes dá autonomia para que tanto Estados quanto municípios tomem suas próprias ações e decisões referentes ao combate à pandemia de coronavírus.
Em entrevista à FOLHA, o diretor-geral da Sesa (Secretaria Estado de Saúde), Nestor Werner, não considera como medida ideal iniciar a quarentena rigorosa apenas no domingo (5), como definiu o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), em decreto municipal. "Vamos respeitar essa autonomia dada pelo STF. Entretanto, o governo alerta que quem fizer medidas contrárias terão que assumir a responsabilidade de um eventual colapso. Isso porque nós não temos como dissociar a proliferação do vírus do momento atual".
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