Os professsores e funcionários das universidades estaduais em greve terão os pontos cortados. A decisão foi tomada pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, e segue uma nova estratégia do governo estadual que é de endurecer contra os grevistas.
Além de Wahrhaftig, a secretária de Educação, Alcyone Saliba, e o secretário de Administração, Ricardo Smijtink, anunciaram que terão a mesma postura caso aconteçam paralisações em suas pastas.
A nova postura do governo estadual é de evitar uma negociação neste momento com os funcionários e, somente realizá-la, após a venda da Copel. "O governador Jaime Lerner já se comprometeu em conceder reajuste depois da privatização", disse a secretária Alcyone Saliba, acrescentando que os sindicatos estão politizando o assunto.
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Porém, Miguel Baez, secretário de imprensa da APP-Sindicato (sindicato dos funcionários da Educação), afirmou que o governo está chantageando os servidores, ao vincular o reajuste com a venda da Copel. "Estudos mostram que o governo aumentou a arrecadação e não tem problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal, por isso poderia reajustar os salários", disse Baez, integrante do Fórum dos Servidores Públicos, que reúne 14 sindicatos de servidores estaduais.
Baez admitiu que a pressão do governo pode inibir alguns funcionários, exatemente no momento em que se está construindo a greve. "Os professores estaduais não iniciaram hoje a paralisação ainda é preciso conversar com pais e alunos e convencer alguns colegas indecisos", afirmou.
Mesmo problema enfrentam os servidores em saúde pública. A coordenadora do Sindisaúde, Mari Elaine Rodella, disse que os funcionários estão acanhados, com medo de aderir ao movimento por conta de ameaças dos que ocupam cargos de chefia.
Atualmente estão em greve os professores e funcionários da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual de Cascavel (Unioeste).
Os mais de 2,5 mil trabalhadores em saúde pública fazem paralisações parciais por doze horas quarta e quinta-feira. De acordo com o Sindisaúde, as paralisações irão acontecer em alguns dos 18 hospitais e 15 bancos de sangue do Estado.
Por causa da estratégia de greve, os locais das mobilizações só serão divulgados minutos antes do ato. "Faremos paralisações parciais por quinze dias. É o tempo que precisamos para convencermos os servidores a deflagrarem greve geral, por tempo indeterminado", disse a coordenadora do Sindisaúde, Mari Elaine Rodella.