Os servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, que entraram em greve quarta-feira à tarde, só estavam fazendo triagem nos atendimentos de internamento. Os serviços de atendimento médico pré-agendados e de encaminhamento de emergências foram realizados normalmente pela manhã.
Uma placa em frente ao Pronto-Atendimento avisava que 15 pacientes estavam aguardando vaga para internamento e que só seriam feitos os atendimentos de urgência e emergência. "Eu vim apenas fazer exames. Estou com problemas cardíacos e tenho desmaios rotineiros. Aguardo uma hora e meia para ser atendida, mas tenho fé de sair daqui ainda de manhã", disse ansiosa a dona de casa Zozinha de Paula Santos, de 53 anos.
As ambulâncias que chegavam no interior foram priorizadas. O aposentado Alceu Paes Ferreira, de 47 anos, chegou no hospital às 6h50 e foi atendido em menos de duas horas de espera. Ele é de Imbituva e tem problemas renais. "Resolvi meu problema e marquei nova consulta para amanhã. O atendimento foi bom", comemorou ele.
Leia mais:
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Educação do Paraná prorroga prazo para matrículas e rematrículas na rede estadual
A dona de casa Celmira dos Santos Faria, 19, chegou de Cerro Azul com sua filha Jesicael, de 2 anos e sete meses. A menina tem problemas auditivos. "Vai ser a primeira consulta, mas já está tudo certo. Conversei com a recepção e é só aguardar", comemorou.
Já Iracema Silveira Caos, 31, não tinha muito a comemorar. Ele foi tentar internar a sogra, mas foi informada que o hospital não tinha vagas. "Eles alegaram que não tem vagas para internamento. Teremos que aguardar para saber se minha sogra será enviada para outro hospital", disse ela. A dona de casa contou que a sogra teve derrame cerebral há sete meses e atualmente tem piorado muito. Ela foi submetida a uma tomografia e seria encaminhada para exames na espinha.
A direção do hospital informou pela manhã que apenas funcionários dos setores de aparelho digestivo e de cirurgia teriam aderido a greve. A assessoria de imprensa ainda não tinha um levantamento da situação.
Os funcionários técnico-administrativos do HC resolveram entrar em greve por tempo indeterminado com o intuito de pressionar o governo a conceder 75,48% de reposição salarial, além de outros benefícios.