O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) notificaram a Petrobras para que ela comunique quanto de nafta ainda tem no navio Norma, que encalhou no último dia 18, na Baía de Paranaguá. Os órgãos ambientais querem saber com precisão o volume derramado, para somente depois concluírem um relatório de impacto ambiental, base para a formalização de uma multa.
De acordo com Hamilton Bonato, da Secretaria do Meio Ambiente, os órgãos ambientais avisaram a Transpetro - subsidiária da Petrobras, reponsável pelo transporte de combustível - que querem acompanhar a limpeza do Norma, antes de seu reboque ao cais, programado para quinta-feira. O pedido é que para saber quanto de nafta - derivado do petróleo altamente inflamável e tóxico - ainda ficou no petroleiro.
"É preciso saber quanto do produto está faltando", disse Bonato. Um relatório da Capitania dos Portos aponta que foram bombeados 21,103 milhões de litros de nafta dos 22,401 milhões existentes nos porões do Norma. Com isso, faltariam 906 mil litros, já descontados os 392 mil vazados no acidente, anunciados como oficiais pela Petrobras.
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A limpeza total do Norma deve acontecer antes da remoção do navio. O petroleiro deve ser rebocado até o cais do Porto de Paranaguá para reparos, por técnicos da empresa holandesa Smitt Americas Inc.
O Ibama ainda não tinha definido nesta terça-feira se iria interromper a proibição da pesca. A suspensão dependia de análises que devem ficar prontas apenas na semana que vem.
Para quinta-feira, foi marcada, às 15h30, o depoimento do gerente de sinalização náutica do Porto de Paranaguá, Fernando Araújo Almeida, na Polícia Federal do município. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Evaristo Kuceki, o depoimento vai auxiliar nas investigações da Polícia Federal para apurar os responsáveis pelo vazamento da nafta.