O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) começou nesta quarta-feira as obras emergenciais no trapiche da praia Encantadas, na Ilha do Mel, para garantir o embarque e desembarque de turistas nesta temporada de verão. Uma parte do trapiche teve que ser fechada para as obras, ficando aberto apenas um ponto para que os barcos atraquem. Por conta disso, o transporte entre Pontal do Sul e Encantadas será bastante lento neste feriado.
O trapiche vai funcionar precariamente durante toda a temporada. A previsão, segundo o coordenador da Ilha do Mel pelo IAP, Reginato Bueno, é que estas obras emergenciais demorem até 45 dias, ou seja, até o final de novembro, dependendo das marés e do clima. Mas, ainda durante a temporada, o IAP pretende começar as obras definitivas, de construção de um novo trapiche de concreto. Além do tempo necessário para os trâmites burocráticos de licitação, as obras devem demorar mais 60 dias.
Todos estes transtornos na Ilha do Mel em plena temporada de verão poderiam ter sido evitados. O trapiche da praia Encantadas vem apresentando graves problemas estruturais há mais de um ano. Tanto que, desde janeiro de 2000, o Conselho Gestor da Ilha autorizou um reajuste na tarifa de entrada na Ilha de R$ 1,00 para R$ 2,00, com objetivo de usar a diferença para recuperar o trapiche.
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Segundo Neil Hamilton, representante da Associação de Moradores da Prainha de Encantadas e membro do Conselho Gestor, neste período foram arrecadados os R$ 290 mil necessários para a construção de um novo trapiche. Os órgãos públicos responsáveis pela Ilha, como o IAP e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entretanto, acabaram não agilizando um projeto para a construção do trapiche antes da temporada.
Vistoria da Defesa Civil da Prefeitura de Paranaguá, feita recentemente, concluiu que o trapiche não tinha condições de funcionamento e aconselhou sua interdição. ''Essa possibilidade era impossível, pois a ilha depende do turismo e tem que aproveitar esta época'', afima Hamilton. Diante desta situação, em reunião realizada na terça-feira, representantes do IAP, das associações de moradores, dos barqueiros e dos comerciantes decidiram por obras emergenciais.
As obras emergenciais devem custar entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. Neste período, serão adotadas algumas normas para uso do trapiche. Só poderá chegar ou sair um barco por vez, os pescadores não poderão amarrar suas embarcações no trapiche à noite. O trapiche só poderá ser usado para desembarque de pessoas e suas bagagens, sendo proibido o desembarque de mercadorias pesadas, como material de construção e caixas de bebidas.