O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou em R$ 243 mil um madeireiro, preso em flagrante pela Polícia Florestal por cortar e negociar imbuias centenárias na localidade de Pouso Feio, em Palmas.
Foram cortados cerca de 750 metros cúbicos de imbuia, madeira em risco de extinção, o que corresponde a 800 toras.
O IAP e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que nesta terça-feira fizeram vistoria aérea na região, apreenderam parte da madeira, que deve ir a leilão e render pelo menos R$ 1 milhão.
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Além do madeireiro, mais quatro pessoas foram presas e encaminhadas para a Delegacia de Palmas, por contravenção ambiental.
O corte de imbuia é proibido no Brasil. Depois de prestar depoimentos e pagar fiança, os cinco foram liberados, ainda na tarde desta terça-feira.
De acordo com informações da Polícia Florestal, a imbuia era vendida clandestinamente para madeireiras de Curitiba.
Segundo o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, será feito um levantamento da área que sofreu desmate para determinar outras multas e punições.
O proprietário da área, segundo o IAP, também será investigado. ''Se ele for reincidente, a multa vai subir bastante'', explicou.
Depois da investigação policial também serão aplicadas multas às empresas que compraram a madeira.
O IAP e a Polícia Florestal fizeram a vistoria depois de uma denúncia recebida em 1º de maio.
Segundo Rodrigues, a localidade é de difícil acesso, na parte mais alta da região de Palmas. Algumas das imbuias cortadas tinham mais de 200 anos.
A Polícia Florestal também apreendeu duas motosserras e dois revólveres.
Em casos excepcionais, como para uso em moradia própria, é permitido o corte de 15 metros cúbicos de imbuia e somente a cada cinco anos.
Segundo Rodrigues, os responsáveis pelo crime ambiental poderão atenuar a multa se recomporem outras áreas com imbuia.