Será votado nesta terça-feira (15) o projeto de lei de autoria dos vereadores Tico Kuzma (PSB), Roberto Aciolli (PV) e Juliano Borghetti (PP) que dispõe sobre a identificação dos torcedores nos estádios de futebol de Curitiba.
O projeto foi proposto logo após a confusão ocorrida no jogo entre Coxa e Fluminense no Estádio Couto Pereira, no dia 6.
O projeto de lei dos vereadores prevê a identificação dos torcedores e frequentadores em estádios com capacidade para mais de 15 mil pessoas. Deverá ser feito um cadastro no ato da compra dos ingressos, mediante a apresentação de um documento oficial de identidade e a comprovação de seu respectivo endereço.
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Os estádios também deverão ter monitoramento por imagem das catracas e instalar equipamentos de gravação fotográfica do rosto, para identificar os torcedores e relacioná-los com o ingresso adquirido. Todas estas informações deverão ser preservadas por 30 dias, caso haja a necessidade de instruírem eventual inquérito policial, administrativo ou ação judicial. A proposta prevê punições que vão de advertência a multas e até cassação de alvará.
Caso seja aprovada em primeiro e segundo turnos de votação e sancionada pelo prefeito, a lei entrará em vigor no prazo de 90 dias após a data de sua publicação.
Internacional
A proposta já foi reconhecida e referendada pelo diretor administrativo do Sport Clube Internacional, Alexandre Limeira. O vereador Tico Kuzma entrou em contato com ele, que informou que o clube também adotou medidas semelhantes para melhorar a segurança no estádio Beira-Rio. De acordo com Limeira, o Internacional possui sistemas integrados de segurança, bilheteria e acesso. O torcedor ainda possui um seguro de acidentes pessoais, a partir do momento em que entra no estádio.
É feito um cadastro de todos os integrantes das torcidas organizadas, com foto e dados pessoais completos de cada um. "Para os integrantes de torcidas organizadas acessarem o estádio Beira-Rio, há a identificação da carteira e verificação de leitor biométrico. Desta forma, temos a certeza de quem é a pessoa que acessou o estádio e podemos rastrear informações dela", revela Limeira.
Em 2008, foi inaugurado um Juizado Especial Criminal no estádio, que atende a todas as contravenções penais e os crimes com pena máxima de dois anos. "O objetivo é viabilizar a imposição rápida e efetiva da lei contra autores de crimes de menor potencial ofensivo, como causadores de arruaças e de atos de vandalismo e violência ocorridos antes, durante e após a disputa", ressalta o diretor. De acordo com ele, estas medidas auxiliaram a aumentar significativamente a segurança no estádio.