O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, apresentaram nesta segunda-feira (04) 103 pontos de desmatamento detectados na região centro-sul do Paraná pelo novo sistema de monitoramento ambiental, lançado em outubro de 2007, que sobrepõe imagens do satélite LANDSAT5 - registradas em dois momentos diferentes – identificando redução aumento da cobertura florestal.
As imagens de satélite estão auxiliando nas ações fiscalizatórias em áreas onde houve desmate para verificar se o corte foi autorizado ou não. Dos 103 pontos, 36 propriedades já foram visitadas e 18 foram multadas, após constatação do crime ambiental. Ao todo, as multas já somam R$50 mil,sendo que os outros 67 pontos serão fiscalizados a qualquer momento.
Durante a apresentação dos primeiros resultados do monitoramento via satélite, nesta segunda-feira Rasca Rodrigues explicou que as imagens geradas pelo satélite serão a ‘prova do crime’. "Na autuação, a imagem servirá para confirmar o crime e penalizar economicamente o proprietário que ainda insiste em atentar contra o meio ambiente", explicou.
Leia mais:
UEM aplica provas do PAS para quase 24 mil estudantes neste domingo
Itaipu celebra Dia Internacional da Onça-pintada
BR-376 em Sarandi será interditada neste domingo para obras do novo viaduto
Educação do Paraná prorroga prazo para matrículas e rematrículas na rede estadual
Antes, segundo o secretário, os desmates partiam da floresta em direção à estrada, escondendo as clareiras atrás de cortinas florestais, e os infratores derrubavam as árvores e as levavam para a serraria. "Hoje eles levam a serraria à floresta utilizando os chamados ‘picadores’ para cortar as árvores sem deixar vestígios, sequer farelo, e inviabilizar a comprovação do dano", comentou. "Mas com esse novo sistema em prática isso não acontecerá mais", completou.
O sistema também trará mais agilidade à fiscalização, segundo Vitor Hugo Burko. "Iremos aumentar nossa capacidade de vistorias, uma vez que os crimes contra a flora correspondem a cerca de 60% das ocorrências", afirmou. "O fiscal que antes demorava dois, três dias para achar o desmate irá localizar, com ajuda das coordenadas, no próprio dia. Assim poderemos atender mais denúncias e nos dedicar a outras ocorrências, por exemplo", explicou.
Autuações - Apenas no ano passado, foram emitidas mais de 5,4 mil autuações e quase 63% delas – 3.393 multas – foram emitidas para punir crimes contra a flora. Outras 711 foram destinadas a indústrias irregulares sob o ponto de vista ambiental.
Mais 463 autuações foram autuadas por crimes contra a fauna, 318 relacionadas à pesca e 122 por irregularidades no segmento ‘Mineração’. Há ainda irregularidades enquadradas em outros grupos de ocorrência, que totalizam 433 autuações. Se somadas, todas estas multas ultrapassariam os R$ 75 mil.