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INSS volta a atender casos emergenciais

Erika Wandembruck - Folha do Paraná
16 out 2001 às 16:41

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Depois de mais de dois meses com as portas fechadas por causa da greve dos 850 servidores públicos federais, 35 das 40 agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) estão atendendo desde segunda-feira os casos emergênciais, dentre pedidos de auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte.

Nesta terça-feira, em quatro das cinco unidades de Curitiba, as filas de pessoas que aguardavam atendimento eram quilométricas. Só foram recebidos aqueles que conseguiram senhas. Foram distribuídas cerca de 200 por agência. Em dias normais, nas agências menores são atendidas cerca de 400 pessoas por dia, nas maiores são mais de 800 atendimentos.

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A empregada doméstica Maria do Carmo de Oliveira teve que voltar para casa sem dar entrada na documentação para receber o salário-maternidade. Com o filho de um mês de idade nos braços, ela chegou por volta das 9 horas no INSS da Avenida Visconde de Guarapuava, em Curitiba, mas as senhas já tinham se esgotado. "Eu precisava dar a entrada no processo no início de agosto, mas não pude por causa da greve. Vou ter que chegar aqui amanhã antes das 6 horas da manhã para conseguir atendimento", disse.

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Revoltada, a servente Maria de Lourdes Antocevicz, que precisava passar por perícia médica para receber o auxílio-doença, disse que está passando necessidades desde o início da greve. "Se os servidores não estão satisfeitos com salários, que peçam demissão e deixem as vagas para quem quer trabalhar. O que não pode é prejudicar a população", afirmou.

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Já a auxiliar de serviços gerais Roseli Branbila conseguiu requerer o benefício. "Cheguei aqui antes das 6 horas da manhã. Estou aliviada porque dentro de quinze dias poderei terminar o enxoval do meu bebê", contou.


Os funcionários que estão atendendo nas agências são terceirizados. Somente os que ocupam cargos de chefia lotados no INSS continuam trabalhando. Mais de 250 mil atendimentos e 30 mil benefícios deixaram de ser realizados desde 08 de agosto, quando começou a paralisção.


Conforme o presidente do Sindiprev (sindicato que representa a categoria), Hélio de Jesus, a greve vai continuar por tempo indeterminadoporque o governo está se mostrando inflexível diante das reivindicações da categoria. Eles querem reajuste salarial de 75,48%, manutenção e extensão de Planos de Cargos, Carreiras e Salários, concurso público pelo regime jurídico único, garantia aos direitos dos

Aposentadorias e certidões por tempo de contribuição não estão sendo requeridas nas agências, mas pelo site: www.previdenciasocial.gov.br. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 0800-780191. As agências estão funcionado diariamente das 8 às 14 horas.


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