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Interditada a ponte do Rio Tibagi

Denise Angelo - Folha do Paraná
03 abr 2001 às 11:37

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A ponte sobre o Rio Tibagi, na PR-340, que dá acesso ao município de Tibagi (101 km ao norte de Ponta Grossa) está interditada para veículos de carga pesada. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) decidiu pela interdição depois de uma vistoria na ponte, feita no último sábado. Na vistoria, foram descobertas rachaduras nas duas vigas de longarina, que apoiam o pilar de sustentação das lajes, no primeiro vão.

A ponte de 50 anos tem 103 metros de vão e 7,2 metros de largura. O custo para o conserto estava sendo levantado na tarde de ontem pelos técnicos do DER. Segundo o superintendente regional do DER em Ponta Grossa, Jair Romanini, hoje deve ser aberta uma licitação de emergência. "A previsão é de que a empresa vencedora inicie as obras já na quinta-feira", informou o engenheiro. As obras devem estar concluídas em 30 dias.

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As rachaduras, explica Romanini, foram causadas pela ação do tempo. O peso em excesso também ajudou na deterioração da estrutura. Os caminhoneiros que quiserem sair de Tibagi agora terão três opções. Ou seguem pela BR-153, e passam pelo único trecho da Transbrasiliana ainda não asfaltado no Brasil e seguem dali para o município de Ventania, ou então pegam a PR-340 e deixam o município em direção a Telêmaco Borba, de lá para Imbaú e só então se dirigem a Ponta Grossa. A terceira alternativa é a PR-160, cujo trajeto também passa por Telêmaco e em seguida Curiúva, entrando na PR-090 para chegar a Ventania, Piraí do Sul e só então chegar a Castro.

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Um dos problemas é que os produtores rurais de Tibagi ainda estão colhendo a safra de verão. Para retirar a safra do município os agricultores terão que optar pelos desvios. O inconveniente é que pelo caminho mais curto, a BR-153, existem 40 quilômetros ainda não asfaltados.

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Vários cooperados da Batavo, por exemplo, que moram na área rural de Tibagi, precisam passar pela ponte para entregar sua colheita nas unidades de beneficiamento da cooperativa. Com a ponte liberada, eles andariam pouco mais de dez quilômetros. Com a interdição, a alternativa para eles é entregar o produto em Carambeí (20 km ao norte de Ponta Grossa). Só que nesse caso o percurso aumenta 70 quilômetros.


O caso mais grave é dos produtores de semente. A produção da Batavo é regionalizada e os produtores não podem entregar em outro lugar. Nesse caso, os produtores teriam que vir até Ponta Grossa para voltar a Tibagi por Telêmaco Borba, num percurso de mais de 220 quilômetros.

A Polícia Rodoviária calcula que diariamente passam pelo local 200 caminhões. O movimento nessa época do ano é dobrado, por causa do escoamento da safra.


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