No Paraná, a cada três dias acontece um surto de intoxicação alimentar. Em cerca de 20 anos foram notificados mais de 2 mil surtos, ou seja, 100 por ano. ‘Isso é só uma ponta do iceberg pois não temos conhecimento de todos os casos’, afirma o médico veterinário Ronaldo Trevisan, da Divisão de Alimentos da Secretaria Estadual da Saúde, que começou a estatística dos casos em 1978.
Só nesta pequena amostragem que chega até o conhecimento oficial, mais de 142 mil pessoas foram expostas à contaminação alimentar no Paraná. Nos Estados Unidos, onde as informações e a busca de estatísticas são privilegiadas, calcula-se que um quarto da população é atingida a cada ano pela alimentação contaminada, segundo reportagem da revista National Geographic. Ainda segundo a revista, as doenças de origem alimentar matam por ano 2 milhões de crianças nos países em desenvolvimento.
É considerado surto cada vez que duas ou mais pessoas são atingidas. A manifestação se dá por uma diarréia aguda. A Secretaria da Saúde instruiu a todos os hospitais e casas de saúde a informarem esses casos. Ele alerta, no entanto, que é para procurar um médico já no primeiro sintoma.
Leia mais:
Athletico começa a reformulação e demite técnico e diretores
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Pesquisadora da UEM transforma fibra da macaúba em embalagem biodegradável
Procon-PR promove mutirão Renegocia na próxima semana para negociação de dívidas
O médico explica que, em casos raros, pode ocorrer a morte da pessoa atingida. ‘Principalmente em idosos e em crianças, que são mais frágeis, caso não tenham assistência médica imediata.’ Ele afirma ainda que, se não for tratada a contento, a infecção pode comprometer os rins dos atingidos.