A loja de autopeças Motoralba de Itajaí (SC) foi fechada pela Polícia Civil, que apreendeu peças de veículos lixadas e sem comprovação de origem. No local, foi preso em flagrante o empresário Valdoir Pacheco Mandelli, irmão de Paulo Pacheco Mandelli - considerado um dos principais empresários da área de desmanche de carros roubados no Paraná. Ambos foram citados para indiciamento no relatório final da CPI Nacional do Narcotráfico por suposto envolvimento com o crime organizado, roubo de cargas e lavagem de dinheiro.
A loja de desmanches de Itajaí estava sendo investigada há mais de um mês pelo Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco) - órgão vinculado à Promotoria de Investigações Criminais (PIC). ""Estava claro para nós que desde que as lojas em Curitiba foram fechadas, Mandelli transferiu parte de seus negócios para Santa Catarina"", declarou o tenente Elias Ariel de Souza, comandante do Gerco.
Valdoir Pacheco Mandelli ficará preso na Delegacia de Itajaí e deverá responder inquérito pelos artigos 180 e 311 do Código Penal, que tratam sobre a receptação e a adulteração de veículos roubados. O inquérito será presidido pelo delegado Sérgio Maus.
Leia mais:
Prefeitura de Rolândia alerta população sobre golpe do 'falso pedido de ajuda'
No Paraná, consultas públicas do programa Parceiro da Escola começam nesta sexta
Pastor pede reconhecimento de vínculo trabalhista com igreja, mas Justiça do PR nega
Unespar aplica provas do vestibular neste domingo
Para o promotor de Investigações Criminais, Fábio Guarani, que acompanha as investigações de desmanche de veículos no Paraná, a prisão do irmão de Mandelli é um elemento a mais para o recurso impetrado junto ao Tribunal de Justiça e que pede a prisão preventiva de Paulo Mandelli.
""Ao negar a prisão de Mandelli na primeira instância, foi dada a justificativa que o empresário não era mais um risco para a sociedade por ter suas lojas todas fechadas. No entanto, fica comprovado que ele continua sendo lesivo para a sociedade não apenas paranaense mas também de Santa Catarina"", argumentou. ""Agora temos um elemento a mais. E este elemento é uma prova cabal"", concluiu o promotor.
A reportagem da Folha procurou o advogado de Mandelli, Osmann Arruda, mas não conseguiu localizá-lo para repercutir o assunto.