A Justiça Federal deve determinar nova perícia na Estrada do Colono uma vez que o laudo técnico que avaliou o impacto ambiental causado pela reabertura da via em 1999 foi anulado. A informação é da procuradora do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Curitiba, Andrea Vulcanis Macedo de Paiva.
Segundo ela, uma nova avaliação é necessária já que a Justiça acatou pedido de exceção de suspeição do laudo técnico feito em novembro de 1999 por dois peritos (um engenheiro civil e um engenheiro florestal) contratados pela União. Conforme o Ibama, os peritos tiveram despesas de hospedagem pagas pela Associação de Integração Comunitária Pró-Estrada do Colono (Aipopec). A associação teria pago R$ 1,8 mil pelos cinco dias em que os dois permaneceram em hotel de Foz do Iguaçu.
O parecer favorável dos técnicos foi fundamental para a aprovação do projeto de legalização da Estrada do Colono, de autoria do deputado Werner Wander (PFL-PR).
Leia mais:
Athletico começa a reformulação e demite técnico e diretores
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Pesquisadora da UEM transforma fibra da macaúba em embalagem biodegradável
Procon-PR promove mutirão Renegocia na próxima semana para negociação de dívidas
A Estrada do Colono corta o Parque Nacional do Iguaçu em 17,6 quilômetros, encurtando em 120 quilômetros a distância entre as duas regiões paranaenses. Moradores vizinhos à reserva florestal argumentam que o ""atalho"" impulsiona a economia da região. Ambientalistas sustentam que a estrada ameaça a unidade de conservação.
* Leia mais em reportagem de Alexandre Palmar na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado