A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão dos três policiais civis do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) do Paraná, que, numa operação desastrada realizada em Gravataí, no Rio Grande do Sul, acabou matando o sargento da Brigada Militar daquele estado, Ariel da Silva, de 40 anos. Entre os argumentos apresentados pela justiça gaúcha, os policiais civis do Paraná não possuíam autorização para estar na cidade.
De volta ao Paraná, os três policiais se apresentaram à Corregedoria da Polícia Civil do Paraná e estão detidos na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba. Os policiais paranaenses tinham ido ao Rio Grande do Sul para regatar duas vítimas de seqüestro. O problema é que eles não avisaram as autoridades locais, comop manda o C´digo de Processo Penal.
Além do sargento gaúcho, a ação resultou também na morte de um dos reféns, o agricultor Lírio Poerjio , 50 anos, dono de uma pequena propriedade rural em Quatro Pontes, no Oeste do Paraná. Ele tinha viajado para acompanhar o amigo, o empresário Osmar José Finkler, dono de uma transportadora naquela cidade, que queria comprar uma máquina agrícola vista em um anúncio, e acabaram sequestrados. A polícia acredita que eles caíram em um golpe, o Golpe do Chute, onde o produto é anunciado a preço convidativo para atrair um comprador com dinheiro.
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Ainda não se sabe as circuntâncias exatas da morte do sargento. Ele estava sem a farda e pilotava uma moto quando foi atingido por cinco disparos. Os policiais paranaenses afirmam que estavam sendo seguido pelo motociclista.
A Polícia Civil do Paraná, esclarece em nota, ainda, que não teve participação direta na ação que resultou na morte de um dos reféns, uma vez que apenas as forças gaúchas de segurança foram autorizadas a participar da ação. A ação dos policiais gaúchos resultou na prisão de três sequestradores e na morte de Poerjio, de 50 anos. Finkler também foi baleado e socorrido.
A Polícia Civil do Paraná afirma, ainda, que iria informar ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, sobre a presença dos policiais paranaenses naquele estado, na manhã desta quarta-feira.