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Larvas apreendidas não são do mosquito da dengue

Redação - Folha do Paraná
23 fev 2001 às 20:31

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A Secretaria Estadual de Saúde divulgou nesta sexta-feira que os exames feitos em mais de mil larvas que, supostamente, seriam do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue) comprovaram que as larvas são do Aedes fluviatilis, tipo comum de mosquito, que não transmite qualquer doença.

As larvas tinham sido apreendidas pelo delegado de Fazenda Rio Grande, José Carlos de Oliveira, que abriu inquérito contra os funcionários da Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) Sistane Ferreira da Silva, Valdir Saad, Paulo Roberto dos Santos e Izaac Subtil de Oliveira, indiciados por suspeita de proliferação de doença contagiosa.

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A Delegacia de São José dos Pinhais assumiu o caso, mas ainda não informou se vai ou não arquivar o inquérito. Segundo o superintendente, Sérgio Ribeiro, o delegado de São José dos Pinhais, José Roberto Jordão, só deverá se pronunciar na semana que vem, depois do feriado. A Folha apurou que o inquérito administrativo aberto pela prefeitura não será arquivado. Os acusados continuam afastados dos seus cargos. O mesmo não vale para o inquérito policial, que pode ser encerrado por falta de provas.

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De acordo com o delegado José Carlos de Oliveira, que colheu o depoimento dos acusados, o cheque de R$ 200,00 usado pelo grupo para o pagamento da fiança não tinha fundos. Os funcionários foram presos depois de uma denúncia feita pela prefeitura. Eles estavam em um Gol oficial, do qual não tinham autorização de uso. Em depoimento, disseram que foram buscar as larvas em um cemitério de Mafra (SC) para realizar estudos sobre a dengue. Após o pagamento de fiança, no valor R$ 50,00 por pessoa, eles foram liberados.

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O representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Jurandir Girardi, informou que os frascos para o transporte de larvas devem conter álcool para que elas morram no momento em que são capturadas. "Contudo, este procedimento não foi adotado pelos funcionários", disse.


Segundo o supervisor de Endemias da 2ª Regional de Saúde Metropolitana, Ovídio Tomadon, "não se transportam larvas vivas e qualquer vetor a ser transportado tem que ter documentação."

Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo e Érika Wandembruck, na Folha do Paraná deste sábado


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