Curitibanos que possuem cães ferozes mudaram a rotina de domingo e não foram passear no Parque Barigui, o maior da Capital, para evitar advertências dos fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema). Há cerca de uma semana, desde que entrou em vigor a Lei da Focinheira, que obriga o uso do equipamento em animais de raças ferozes ou com mais de 20 quilos, houve queda na circulação de cães pelos parques da cidade.
"Durante o dia todo, nossa equipe advertiu apenas seis pessoas por estarem passeando com seus cães. Nenhum deles era das raças consideradas perigosas, mas possuíam mais de 20 quilos", confirmou o fiscal da Sema Antônio de Jesus. Ele fiscaliza o Barigui das 7 às 18 horas.
O único cão bravo que passeava pelo parque ontem à tarde era um pit bull e estava de focinheira. "Já fui advertido outro dia. Por isso, coloquei o equipamento nele", contou o proprietário do cão, Geanpaolo Marrino. Ele disse que sente pena do cachorro porque a focinheira dificulta a respiração. "Fico no parque com ele por uma hora. Mais que isso, judia demais do animal", afirmou.
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Apesar disso, Marrino defende o uso da focinheira porque o pit bull é um cão considerado violento. "Ele já avançou várias vezes nas pessoas. Não dá para sair com ele sem a focinheira. É um perigo", alertou. Antes de multar quem descumpre a lei, os fiscais procuram conscientizar sobre a importância do uso do equipamento. "Quem reincidir, depois de receber a notificação por escrito levará uma multa de R$ 560,51", avisou o fiscal Antônio de Jesus.
Entretanto, o Decreto 643, que também passou a vigorar na semana passada, que determina que os donos de cães - independentemente da raça - sejam responsáveis pela limpeza, remoção e destino adequado das fezes geradas pelos seus animais não está sendo respeitada pelos frequentadores do Barigui.
É o caso da bancária Andréa Baranoski, proprietária de um fila. O cão defecou na grama do parque e ela se recusou a limpar. "Conheço a lei, mas esqueci o saquinho plástico no carro", justificou. Para ela, a lei não funcionará. "Ninguém vai ficar retirando as fezes dos animais dos locais públicos, a não ser que a multa seja muito grande." Neste caso, o dono que insistir em não remover as fezes dos animais pode ser multado em R$ 150,00.