O primeiro mês de vigência da obrigatoriedade de uso do farol baixo durante o dia nas rodovias federais do Paraná terminou com quase 13 mil motoristas autuados e 46% menos mortes em colisões frontais e atropelamentos. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Entre os dias 8 de julho e 8 de agosto, os agentes da PRF flagraram 12.976 motoristas transitando sem utilizar o farol baixo no estado, uma média pouco superior a 400 autuações ao dia. O número de flagrantes no Paraná foi inferior apenas ao verificado em Goiás, onde a PRF emitiu 14.683 autuações.
No mesmo período, o número de mortes registradas em atropelamentos durante o dia no Paraná caiu pela metade em relação a igual período do ano passado --de quatro para duas. E o total de mortes em colisões frontais nos trechos de pista simples, também durante o período diurno, passou de nove para cinco, uma queda de 44,4%.
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Somadas, as mortes provocadas por esses dois tipos de acidentes, que podem ser evitados com o uso do farol baixo, caíram 46,1%, de 13 para sete nas rodovias federais paranaenses.
Dados nacionais
Em todo o país, a PRF flagrou 124,2 mil motoristas desrespeitando a lei do farol baixo no primeiro mês de sua vigência. De natureza média, a infração gera quatro pontos na carteira de habilitação e uma multa de R$ 85. Esse valor passará para R$ 130 em novembro, quando todas as multas de trânsito serão reajustadas, o que não acontecia desde 2002.
As mortes em colisões frontais nos trechos de pista simples das rodovias federais brasileiras caíram 56% no período, de 88 para 39. Em atropelamentos, as mortes caíram de 16 para 10 no país.
Todos esses dados nacionais também se referem exclusivamente ao período diurno, no qual há impacto da mudança na legislação.
Na avaliação da Polícia Rodoviária Federal, ainda não é possível mensurar o quanto a recente alteração do Código de Trânsito contribuiu para esses resultados, já que diferentes fatores incidem simultaneamente em cada ocorrência de acidente.
Vantagens do farol ligado
Mesmo antes da exigência legal, a PRF já vinha recomendando há alguns anos o uso do farol baixo em rodovias, entre outros motivos porque, com as luzes ligadas, há melhores condições de visibilidade.
Com o farol baixo ligado, é mais fácil aos demais condutores, pedestres ou ciclistas visualizarem um veículo. Isso é importante, por exemplo, em manobras de ultrapassagem em rodovias de pista simples.
A mudança tende a reduzir casos de acidentes provocados por desatenção, distração ou erro de avaliação. Mesmo com a visão periférica, o motorista consegue perceber com mais facilidade a presença de um veículo quando ele transita com os faróis ligados.
Os faróis de circulação diurna (DRL, na sigla em inglês), que se acendem automaticamente quando o carro está ligado e geralmente são produzidos com LEDs, cumprem a função exigida pela nova lei.
O farol baixo geralmente é acionado no segundo clique da chave seletora de iluminação dos veículos. O primeiro clique é a luz de posição ou lanterna, que não é suficiente para atender à determinação legal.
O primeiro mês da lei do farol baixo nas rodovias federais do Paraná:
8 de julho a 8 de agosto (2015-2016)
- As mortes em atropelamentos durante o dia caíram 50%, de quatro para duas;
- As mortes em colisões frontais durante o dia em pista simples caíram 44,4%, de nove para cinco;
- Somadas, as mortes nos dos tipos de acidente (atropelamentos e colisões frontais em pista simples) caíram 46,1%, de 13 para 7;
- Feridos graves em colisões frontais: queda de 33,3%, de nove para seis;
- Feridos graves em atropelamentos: queda de 63,6%, de 11 para quatro;
- Houve 12.976 autuações no período (405 por dia).