O presidente do Sindicato Nacional dos Produtores Rurais (Sinapro), Narciso da Rocha Clara, adiou a carreata que faria na manhã desta quinta-feira, em Curitiba.
A carreata sairia do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, em direção ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. Era um protesto contra o não-cumprimento das ordens judiciais de reintegração de posse em fazendas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná.
O adiamento aconteceu depois que o governador Roberto Requião disse não poderia ''aceitar que marginais vindos de fora provoquem mortes no Paraná''.
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Requião e o secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, disseram que Narciso teria vários mandados de prisão contra ele e poderia ser preso se entrasse no Paraná.
Em entrevista concedida à rádio CBN, Delazari disse que, junto ao Ministério do Trabalho, descobriu que o Sinapro não existe legalmente. Segundo o secretário, só isso já comprovaria um crime de falsidade ideológica de Narciso, "que se declara presidente de um sindicato que não existe".
Narciso, no entanto, disse que ainda na noite de quarta-feira pediu um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná. Ele disse que a manifestação foi apenas adiada, e não cancelada.
Emocionado, o presidente do Sinapro reafirmou à rádio CBN suas acusações contra Roberto Requião, entre elas a de que o governador seria "comparsa do MST" e garantiu que voltará ao Paraná para "colocar os criminosos do MST na cadeia".