Cerca de 500 manifestantes invadiram o Parque Nacional do Iguaçu, neste final de semana, e reabriram, à força, a Estrada do Colono, fechada para reflorestamento em 1986.
Os dois manifestantes renderam dois funcionários que estavam no posto de fiscalização do parque, que possui 185.000 hectares, e, no sábado, reabriram dois quilômetros da estrada. No domingo, tratores e escavadeiras foram levados até local e a estrada, de 18 quilômetros, foi totalmente reaberta.
De acordo com o diretor do parque, Jorge Pegoraro, foi destruído um reflorestamento equivalente a três anos de preservação. A estrada foi interditada em 1986 mas, em 2001, uma nova tentativa de abertura da estrada foi abafada.
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A 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu já expediu um mandato de reintegração de posse da área ao Ibama. De acordo com a rádio CBN, os manifestantes já levaram para o local material para a construção de uma balsa, a ser colocada no rio Iguaçu, para a travessia entre os municípios de Serranópolis do iguaçu e Capanema.
Os moradores e autoridades da região reivindicam a reabertura da Estrada do Colono, alegando que seu fechamento atrasa o desenvolvimento econômico da região. Sem a estrada de 18 quilômetros entre as duas cidades, os moradores da região devem percorrer cerca de 80 quilômetros para chegar de Serranópolis do Iguaçu a Capanema.
A Polícia Federal (PF) prepara uma mega-operação para a reintegração de posse da estrada. Policiais do Parana, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Brasília devem participar, além do Exército e da Marinha. De acordo com Marcos Cohem, assessor da PF, a reintegração pode acontecer nas próximas horas. Os manifestantes podem ser acusados por danos ambientais e desacato de ordem juducual. Os líderes do protesto podem ser processados por incitação à desordem.