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Na próxima terça-feira

Motoristas e cobradores de Curitiba aprovam greve

Mariana Franco Ramos - Equipe Folha
28 nov 2015 às 09:37

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- Divulgação/Sindimoc
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Motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana devem entrar em greve na próxima terça-feira, a partir da zero hora. O indicativo foi aprovado ontem, por unanimidade, em duas assembleias, realizadas às 10h e às 15h, na sede do sindicato da categoria, o Sindimoc. Os trabalhadores reclamam do anúncio por parte das empresas de que a primeira parcela do 13º salário, prevista para ocorrer no dia 30 de novembro, será quitada com atraso e de que dois mil profissionais serão demitidos, sem o pagamento de verbas rescisórias.

O presidente da entidade, Anderson Teixeira, falou que a categoria está perplexa e indignada com a situação. "Não permitiremos que ilegalidades sejam cometidas contra os trabalhadores. O risco da atividade laboral não pode ser repassada aos funcionários. Fazemos nossa parte, que é trabalhar, e exigimos receber o que nos é devido, ou seja, nossos salários e direitos garantidos por lei", afirmou. Além da paralisação, os trabalhadores referendaram a proposta do Sindimoc de entrar com ações judiciais na Fazenda Pública, de forma a obter dados sobre os custos de operação das companhias.

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Procurada pela FOLHA, a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que organiza as linhas na cidade, informou, via assessoria de imprensa, que aguarda a notificação oficial para dar entrada na Justiça com um pedido de manutenção da frota mínima, isto é, 80%. A administração municipal disse ainda que mobilizou toda a área de fiscalização, operação e logística para verificar que atitude tomar caso a greve seja mantida. Na próxima segunda-feira, acontece uma audiência de negociação no Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir o imbróglio.

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Já o sindicato das empresas (Setransp) preferiu não comentar a decisão. Em nota enviada no dia anterior, o presidente do órgão argumentou que o sistema entrou em colapso e que a tarifa técnica atual, de R$ 3,21, não cobre os custos da operação. A passagem na capital custa R$3,30. "Ou as empresas reduzem imediatamente as despesas ou muito em breve entrarão em processo de falência, comprometendo o emprego de mais de 15 mil trabalhadores", diz trecho do documento. O Setransp completa que todas as medidas possíveis estão sendo tomadas, em caráter de urgência, para que as autoridades públicas sejam obrigadas a cumprir com as suas responsabilidades.


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