Motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana paralisaram suas atividades por volta das 9h desta quarta-feira (29), em protesto para pedir mais segurança em seus postos de trabalho. A mobilização seguiu até as 10h, quando o atendimento em terminais da capital e dos municípios vizinhos foi normalizado.
Durante a paralisação, os manifestantes fecharam as estações e bloquearam as catracas, impedindo a entrada dos passageiros. Na Praça Rui Barbosa, no centro, e no terminal do Alto Maracanã, em Colombo, eles exibiram faixas e cartazes com a palavra "luto".
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dino César, a adesão ao movimento foi de 100%. "Foi um ato pacífico, mas ordeiro e determinado. O objetivo foi chamar a atenção das autoridades e da população em geral sobre a insegurança que nós vivemos", afirmou.
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O protesto foi organizado após o assassinato do cobrador Osmair Caldeira da Silva, de 31 anos, em um ônibus que fazia a linha Cabral-Guaraituba, na noite do último domingo (26), em Colombo.
Ontem, a polícia prendeu um dos suspeitos pelo latrocínio, Wellington Macedo de Oliveira, de 18 anos. Em depoimento, o rapaz disse que atirou em Silva porque a vítima supostamente reagiu. Fabiano Ferreira de Oliveira, de 27 anos, que também teria participado do assalto, já teve sua imagem divulgada, porém segue foragido.
"Nós queremos segurança preventiva, mais policiamento ostensivo, abordagens nos ônibus e terminais, câmeras e monitoramento. Tudo o que venha a aumentar a segurança dos trabalhadores", disse César.
Urbs - Em nota, a Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, empresa responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo na capital, informou que se solidariza com os motoristas e cobradores na reivindicação por mais segurança para a população.
A companhia disse que coloca à disposição da Justiça e das autoridades policiais o seu banco de dados, gerado pelas 400 câmeras de fiscalização instaladas em terminais e estações tubo, e que estuda outras medidas de apoio à melhoria da segurança pública.
Entre elas estariam a ampliação do número de câmeras no sistema, para 622 até o fim do ano, o aumento do uso do cartão transporte, reduzindo o volume de dinheiro circulante no sistema, e a realização de novos estudos e testes para implantação de câmeras nos ônibus, com transmissão de imagens em tempo real. (Atualizado às 12h14)