A Promotoria de Justiça de Colombo propôs denúncia criminal por homicídio, fraude processual e falsidade ideológica contra os policiais militares Marcos Dorse Marinho, Leonel Lourenço de Faria Junior e Vilson Clemente. De acordo com o Ministério Público, os três PMs, lotados na Companhia de Choque – RONE (Ronda Ostensiva de Natureza Especial), seriam responsáveis pela morte do jovem Deiviti Maicon dos Santos, baleado em 15 de julho, durante a Festa do Vinho de Colombo.
Os policiais também são acusados de tentativa de assassinato contra Tiago Luiz Machado, que acompanhava Deiviti. Os PMs tiveram prisão preventiva decretada a pedido do MP-PR. Foram detidos na segunda-feira (27) e encaminhados para o Quartel Geral da PM.
Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Humberto Eduardo Puccineli, os policiais haviam sido destacados para o policiamento da Festa do Vinho e realizavam uma ronda na região quando encontraram os dois jovens, em uma moto – Tiago na condução e Deiviti na garupa. Os PMs teriam ordenado a parada do veículo. Não sendo obedecidos, teriam deflagrado vários disparos contra a motocicleta, atingindo Deiviti fatalmente na cabeça e Tiago no braço.
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Ainda de acordo com a ação penal, os policiais teriam alterado a cena do crime, depositando uma arma junto ao corpo do rapaz morto e mencionando um suposto 'conflito armado' com a vítima no boletim de ocorrência, conforme destaca o promotor na denúncia.
O MP-PR pede que o Poder Judiciário receba a ação penal e determine o julgamento dos policiais pelo Tribunal do Júri. No pedido de prisão preventiva, a Promotoria sustenta que os três acusados já deram mostras de que podem atrapalhar em muito a instrução criminal e intimidar testemunhas do caso. O promotor Humberto Eduardo Puccineli ressalta que os laudos clínicos anexados à denúncia demonstram que não havia resíduos de chumbo na mão do jovem morto.