As mulheres de policiais militares fecharam nesta segunda-feira os portões de acesso ao Palácio Iguaçu para protestar contra a situação salarial dos policiais militares no Estado. Durante quase quatro horas elas fizeram um panelaço pedindo para que o governo apresentasse uma proposta de rajuste.
Ameçaram acampar no local caso não fosse atendidas. Um acordo com o comando de segurança do Palácio fez com que as mulheres desocupassem o local às 18h30. Elas prometem, no entanto, nova manifestação para esta terça-feira.
As mulheres querem reposição salarial para os maridos de cerca de 50% e também gratificações e melhorias nas condições de trabalho. As mesmas reivindicações já solicitadas em julho do ano passado, quando as mulheres acamparam durante nove dias em frente ao quartel do comando da Polícia Militar. Na época, uma decisão judicial amparou a ação de 700 policiais que retiraram as manifestantes do local.
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Uma das representantes do movimento, Lúcia Maria Ferreira Sobral, disse que as mulheres não temem novas represálias. ''Sofremos muito com a desocupação o ano passado, mas vamos lutar pelo direitos dos nossos maridos'', disse. Segundo ela, enquanto o governo não acenar com uma proposta de melhoria nas condições salariais da categoria, as mulheres vão continuar as manifestações. Ela preferiu não divulgar onde será o protesto, para evitar um possível boicote. ''Estamos pedindo reforços das mulheres de policiais do interior'', revelou Lúcia. ''Se for preciso, vamos acampar novamente'', ameaçou.
O secretário de administração Ricardo Smijitink disse à reportagem da Folha que o governo não tem como propor reajuste por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. ''O reajuste é o que todos estão pedindo, mas não temos condições de conceder'', afirmou.