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Mulheres de PMs tentam novo acordo com o governo

Redação - Folha do Paraná
22 jul 2001 às 20:10

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O movimento das mulheres dos policiais militares adiou para terça-feira a tomada de decisão de fechar os quartéis de Curitiba e impedir o policiamento na Capital. Elas esperam reforço para a manifestação, com a chegada de grupos do Interior do Estado, e querem fortalecer a comissão de negociações, para tentar acordo com o governo.

Desde que começou o movimento, há oito dias, os policiais militares estão sendo impedidos de entrar nos quartéis, mas o policiamento ainda não foi prejudicado. Para dar apoio à manifestação, a corporação planeja uma passeata para terça.

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De acordo com as manifestantes, todas as viaturas que estiverem rodando serão recolhidas aos quartéis. Elas programaram um abraço simbólico no quartel do Comando Geral, onde estão acampadas, com a participação dos policiais. Em seguida, está prevista uma passeata até o Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense. Os PMs vão realizar o protesto pacífico encapuzados, pois temem represálias se forem identificados.

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A punição dos policiais que participaram da última manifestação das mulheres, há dois meses, é um dos motivos do movimento. As mulheres querem a anistia aos PMs que estão sofrendo punições, além de rejuste salarial. Aumento de 38% é a principal reivindicação do movimento. A última manifestação com esse objetivo foi iniciada no dia 15 de maio e encerrou uma semana depois, apenas com a promessa do governo de estudar a proposta.

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As mulheres deram o prazo de 60 dias para que o governo apresentasse uma proposta de reajuste salarial mas, uma semana antes do término do prazo, acamparam em frente ao quartel do Comando Geral. Incluiram às reinvindicações o pedido de anistia.


O governo repudiou o movimento e informou, por meio de nota oficial, que não pode conceder o reajuste em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Propôs um bônus de R$ 100,00 para os policiais que fazem hora-extra e mais gratificação apenas para a tropa que trabalha nos presídios.


A proposta não foi aceita pelas mulheres, que querem paridade salarial e gratificação para toda a corporação. "Nosso objetivo é claro", enfatiza uma das participantes do movimento, Mari Santos. A Folha tentou entrar em contato com o comandante-geral da PM, coronel Gilberto Fontram, mas ele não foi encontrado.

Os policiais evitam falar com a imprensa, com medo de serem identificados. Mas, neste domingo, um grupo de policiais que estava próximo ao quartel informou que a situação está tensa. Eles disseram que os serviços administrativos foram impedidos durante a semana passada e, por isso, temem atraso do pagamento.


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