Um ano depois de saírem às ruas e fecharem os quartéis de várias cidades para reivindicar reajuste salarial para seus maridos, nesta quarta-feira, as mulheres de policiais militares do Paraná voltaram a se manifestar publicamente. Durante toda a manhã, elas fizeram uma manifestação, com panelaço e apitaço, em frente ao Hospital da Polícia Militar (HPM), no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. Elas estão descontentes com a mudança do plano de saúde para o servidor público, que atingirá também os policiais militares. Uma via da Rua Omar Sabbag, em frente ao hospital, teve que ser fechada.
"Este é o governo dos sem: sem salário, sem segurança e agora sem saúde", dizia Isabel Schultz Neves, uma das mulheres manifestantes. Elas temem que, com o novo plano, o governo acabe fechando o hospital. O comandante geral da PM, coronel Gilberto Foltran, garantiu, no entanto, que a instituição não será desativada. A intenção, segundo ele, é que apenas os PMs da ativa continuem sendo atendidos no hospital. Já os aposentados, pensionistas e dependentes serão encaminhados para o novo plano, chamado de Sistema de Assistência à Saúde (SAS), que entrou em vigor dia 30 de abril.
De acordo com Foltran, o hospital da PM já vem funcionando precariamente há tempo. Dos 120 leitos, apenas 50 são ocupados, porque não há estrutura e pessoal suficiente para o atendimento. Sem concurso público há 13 anos, o hospital tem apenas 25 médicos. Com esta estrutura, mesmo antes do SAS, ele calcula que cerca de 50% dos policiais, aposentados, pensionistas e dependentes já eram atendidos em outros estabelecimentos conveniados, além do Instituto de Previdência do Estado (IPE).
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O novo plano prevê que o servidor seja atendido em hospitais credenciados, que receberão R$ R$ 16,50 por servidor de sua base no Interior e R$ 18,00 na Capital. Até agora, o SAS já credenciou hospitais em Curitiba (Hospital Evangélico), Londrina, Maringá, Jacarezinho, Guarapuava, Pato Branco, Campo Mourão, Toledo, Francisco Beltrão, Cascavel, Umuarama e Foz do Iguaçu.
As mulheres de PM prometem novo protesto para a próxima segunda-feira, em frente ao hospital. Elas querem engrossar o movimento com a participação das mulheres de policiais militares do Interior.
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