O MP3, formato de gravação de áudio digital já com mais de uma década de idade, foi atualizado e recebeu recursos que dobram a capacidade de compressão mantendo a mesma qualidade de som. A Thomson Multimedia SA e o Fraunhofer Institute, os dois criadores do formato original, publicaram um codec (codificador/decodificador) para o formato MP3pro no site RCA.com.
A nova versão oferece "a mesma ou até mais" qualidade que o formato Windows Audio 8 format desenvolvido pela Microsoft, disse Dave Arland, representante da Thomson.
O MP3pro "aumenta drasticamente a qualidade do som em termos de taxa de amostragem", comenta o executivo. Um arquivo MP3pro tem aproximadamente a mesma qualidade de um CD gravado com a taxa de 64 kbps (kilobits por segundo), a mesma oferecida pelo Windows Áudio, e quase a metade do tamanho do arquivo com a mesma canção em MP3 padrão. Uma música MP3 gravada à 128 kbps ocupará cerca de um megabyte por minuto. O novo codec permite que sejam feitas gravações de dois minutos por megabyte sem perder fidelidade no som.
O codec MP3 original descarta alguns sons agudos para evitar erros de codificação a baixas taxas de amostragem, explica Arland. O resultado fica parecendo mais uma gravação de fitas do que de CDs, completa ele. Uma gravação MP3pro usa duas trilhas, uma para o formato MP3 antigo e outra apenas para sons em alta freqüência. O MP3pro "melhora a resposta a altas freqüências... agudos mais altos são mais distinguíveis", diz Alrland.
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O novo codec é compatível com os atuais players MP3 que, contudo, terão problemas com alguns agudos presentes em arquivos MP3pro por não serem capazes de reproduzirem a trilha secundária.
A Thomson está negociando com várias companhias para que usem o novo formato em players e sites de música, mas nenhum acordo pode ser anunciado por enquanto. Uma licença para o novo codec custará para os fabricantes cerca de US$ 7,50 por equipamento.
Arquivos do Windows Media trazem proteções de direitos autorais, que evitam cópias não autorizadas. Os arquivos MP3 e MP3pro não oferecem esse recurso, por enquanto. Uma razão para o formato MP3 ter alcançado a popularidade de outros padrões foi justamente a ausência de tal proteção, que também levou a batalhes ardentes entre gravadoras e sites como o Napster. A RealAudio cresceu em popularidade com distribuidores on-line de canções como o MusicNet e os services Pressplay que devem ser lançados pelas gravadoras até o final do ano – o MP3 menos, por causa da falta de proteção contra cópias.
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