A Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação vai pedir que o Ministério do Meio Ambiente cumpra imediatamente a decisão judicial que determinou o fechamento da Estrada do Colono, que corta o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.
O secretário-executivo do ministério, José Carlos Carvalho, anunciou na semana passada em Joinville o fechamento da estrada. Mas os ambientalistas querem que a determinação da Justiça Federal de 1986 seja cumprida logo.
De acordo com uma das coordenadoras e principal autora do atual Plano de Manejo do parque, Lourdes Ferreira, o Ministério do Meio Ambiente deve anunciar uma decisão no próximo dia 5, Dia Nacional do Meio Ambiente. Ela considera uma "afronta" o fato de a estrada ainda estar funcionando.
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Para Lourdes, os prejuízos causados pela reabertura são a elevação da temperatura no interior da mata, a exposição de espécies exóticas e ameaçadas de extinção e a circulação de caçadores, madeireiros e extratores de palmitos.
Ela lembra que há argumentos suficientes para o fechamento da estrada. Como o decreto que define o regulamento dos parques nacionais brasileiros, o risco da perda do título de reconhecimento internacional da Unesco e a Lei de Crimes Ambientais.
A Estrada do Colono tem 17,6 km de extensão e une Capanema, no Sudoeste, e Serranópolis do Iguaçu, no Oeste do Estado, cortando o Parque Nacional do Iguaçu. Ela foi aberta entre 1953 e 1955, quando o parque já estava legalmente constituído. Mas foi fechada em setembro de 1986, por determinação da Justiça Federal, que acatou aos pedidos de ambientalistas e reaberta em maio de 1998, por moradores, comerciantes e políticos da região.
Em julho de 1998, a estrada foi fechada novamente enquanto os manifestantes aguardavam que o Ibama elaborasse um novo plano de manejo para o parque. Como o plano não foi apresentado, a estrada foi reaberta em janeiro de 1999. Desde então, os manifestantes permitem o trânsito mediante o pagamento de pedágio.