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Litoral do Paraná

Operação contra pesca predatória apreende 34 redes

Redação - Bonde
27 jan 2007 às 10:57

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Desde a última segunda-feira (22), o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apreendeu 34 redes de arrasto durante uma semana de fiscalização da pesca predatória no Litoral paranaense. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, determinou a intensificação da fiscalização dos barcos de pesca em toda a orla devido à mortandade anormal de peixes - que já chega a cinco toneladas - e animais marinhos encontrados nas areias de todos os balneários desde o início de janeiro. As blitze ocorrerão durante o dia e a noite, ininterruptamente.


"Estamos estudando alterações na legislação para restringir ainda mais a pesca no estuário lagunar paranaense, considerado um dos maiores berços de reprodução. O IAP continuará sendo rígido quanto a fiscalização e autuação de embarcações que praticam a pesca", declarou Rasca Rodrigues.

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Os peixes encontrados estão sendo descartados por pescadores que praticam o arrasto do camarão e chegam à orla, geralmente espécies de baixo valor comercial como o roncador branco. "A pesca do camarão foi liberada no último dia 31 de dezembro e por este motivo, os pescadores querem aumentar seus lucros de maneira rápida e destrutiva. Não podemos permitir que essas ações continuem", enfatizou.

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O chefe do escritório regional do IAP do Litoral, Reginato Bueno, disse que as redes estavam em 17 embarcações vistoriadas, que também foram notificadas por estarem em locais impróprios ou sem a documentação necessária para a pesca de arrasto de camarões.

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De acordo com portaria do Ibama (que determina a distância da costa permitida para pesca de arrastão), barcos de até dez toneladas devem pescar entre a primeira e a terceira milha a partir da costa - cada milha representa 1852 metros. Já embarcações acima de dez toneladas devem pescar a partir da terceira milha.


Reginato explicou que a delimitação serve para proteger os cardumes que se reproduzem da costa para o mar. "Os barcos que praticam a pesca de arrastão agridem muito os ecossistemas porque utilizam redes de grande porte", afirmou.

Durante a fiscalização também são verificados os documentos da embarcação emitidos pela Secretaria da Pesca, além dos equipamentos utilizados. Para o arrasto, a malha da rede deve ter, no mínimo, 2,5 centímetros de diâmetro.


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