Uma megaoperação policial batizada "Operação Tentáculos" está desmantelando, desde às 6h desta quinta-feira (16), na região de Curitiba, uma das maiores quadrilhas de extermínio do país formada por policiais militares, advogados e assaltantes.
A quadrilha é apontada como responsável pela execução do major Pedro Plocharski, subcomandante do 13º Batalhão da PM em Curitiba e ainda por pelo menos trinta assassinatos só no ano passado. De acordo com as investigações, a mesma quadrilha é ainda ligada ao tráfico internacional de drogas e armas, roubo de estabelecimentos comerciais e transporte de valores, roubo e receptação de veículos e organização de milícias armadas contra sem-terra.
O major Pedro Plocharski foi morto no dia 28 de janeiro deste ano, por volta das 19h, logo depois de deixar o quartel do 13º BPM rumo a sua casa. Plocharski que dirigia seu carro modelo Fusca, no bairro Pinheirinho, foi fechado por um outro veículo Golf, de cor verde, com três ocupantes que dispararam tiros de escopeta e de uma metralhadora 9 milímetros executando sumariamente o major.
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Estão sendo cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e outros 85 de busca e apreensão. Cerca de 400 policiais civis, militares e federais, com noventa viaturas, estão cumprindo os mais de cem mandados de prisão e busca e apreensão simultaneamente em Curitiba e região.
Apenas dois nomes dos mais de 20 presos esta manhã foram confirmados até agora, o do soldado afastado da Polícia Militar Sandro Delgobo e do coronel da Reserva, Lúcio de Matos Júnior.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, a quadrilha começou a ser desmantelada a partir das investigações que apuravam o assassinato do major Plocharski, que aconteceu em janeiro deste ano.
Testemunhas da execução e pessoas próximas ao major levaram a polícia a investigar a possível existência de uma organização criminosa formada por policiais militares lotados no 13º Batalhão.
Informações da AEN