A bebê Nicole Eduarda Ponfrecki, de um mês e oito dias, foi enterrada, às 10 horas de sábado, no Cemitério São Gabriel, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
O pai Alex Thiago Ribeiro Guedes, 20 anos, e seus familiares acompanharam o sepultamento, ainda bastante chocados e confusos com o desfecho trágico do desaparecimento da criança, ocorrido na última quarta-feira. A mãe, Karla Cassiana Ponfrecki, 19 anos, foi presa na noite de sexta-feira, depois de confessar que inventou o sequestro para encobrir a morte de sua filha.
Ao mesmo tempo em que Nicole era enterrada, investigadores do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa dos pais de Guedes, onde ele morava com Karla, há cerca de um ano. Os policiais buscavam pistas que possam contribuir com a investigações. A mãe alegou que a morte foi acidental. Nicole teria caído de seu colo e batido a cabeça.
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Guedes disse estar em estado de choque e que não teve contato com Karla, desde que o corpo da filha foi localizado. Soube pela polícia de que sua mulher teria admitido que Nicole teria morrido dentro de casa. ''Por medo da minha reação, ela fez tudo isso'', afirmou o rapaz ao reproduzir o que soube por terceiros. Ele acredita que Karla estava emocionalmente desequilibrada, mas que nunca teve queixa dela como mãe.
A delegada do Sicride, Daniele Serighelli, disse ontem que deve convocar os familiares para prestarem depoimento. Ela aguarda, também, o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que confirme como Nicole morreu. Exames preliminares apontam traumatismo craniano como provável causa da morte. Um perito do IML colheu amostras de sangue de Karla e Guedes para confirmação da paternidade.
Karla foi levada para a Penitenciária Feminina, em Piraquara, região metropolitana, por volta da zero hora de ontem. Durante a tarde de sexta-feira, ela foi interrogada no Sicride e sustentou a versão do sequestro. Depois de cair várias vezes em contradição, Karla admitiu que saiu de casa com o bebê morto.