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CPI do Banestado

Pai de ex-secretário diz que exumação é circo

Redação - Bonde
22 nov 2003 às 10:59

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A Polícia Federal (PF) realizou neste sábado a exumação do corpo do ex-secretário de Esportes e Turismo do governo Jaime Lerner (PSB) e ex-diretor da Banestado Leasing Osvaldo Magalhães dos Santos, o Osvaldinho. O procedimento, autorizado pela Justiça Federal, foi acompanhado pelos familiares do ex-secretário e pelo presidente da CPI do Banestado, Neivo Beraldin (PDT), e pelo relator da comissão, Mário Sérgio Bradock (PMDB), autores do pedido de exumação.

A decisão de retirar material genético do corpo de Osvaldinho foi tomada após depoimentos à CPI do Banestado insinuarem que o ex-diretor, acusado de causar prejuízos de R$ 600 milhões à Banestado Leasing, poderia estar vivo. Osvaldinho morreu em um acidente de automóvel ocorrido próximo a Palmeira (40 km ao sul de Ponta Grossa) em setembro de 1998.

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O clima estava tenso no início da exumação. O ex-deputado estadual Joaquim dos Santos Filho, pai de Osvaldinho, discutiu com Bradock, acusando-o de estar transformando o evento em um circo para a imprensa. Santos Filho chamou Bradock de ''bandido'', e afirmou que considerava um desrespeito o fato de deputado comparecer à exumação armado.

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Para Bradock, a reação de Santos Filho foi normal. ''Sei que é um momento difícil, mas surgiram inconsistências ao longo do processo que fizeram com que a exumação fosse necessária. Como não foram realizados exames de arcada dentária no corpo e a página que descrevia o procedimento do Instituto Médico Legal de Ponta Grossa foi arrancada, tivemos que pedir o procedimento. Não fui eu sozinho que pedi a exumação, mas todos os deputados. E comparecei armado ao cemitério porque sou delegado e tenho esse direito'', comentou Bradock.

O processo de exumação e coleta de material levou mais de três horas. Os peritos utilizaram os dentes, que têm uma estrutura óssea que não se decompõe facilmente, para coletar o DNA. Embora a dúvida sobre a identidade do corpo possa ser sanada apenas através da comparação da arcada dentária de Osvaldinho com os registros de seu dentista, a PF irá realizar o teste de DNA tradicional para assegurar o resultado. Os resultados dos exames podem demorar até três meses para serem divulgados.


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