Os policiais civis do Paraná devem discutir na tarde desta quarta-feira (14) se retornam ao trabalho ou mantêm a paralisação iniciada desde a zero hora desta terça-feira com final previsto para a zero de quarta. Segundo levantamento do Sindicato de Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), houve um índice de 70% de paralisação. O protesto de 24 horas foi motivado por causa da manutenção de presos nos distritos policiais do Paraná, além das más condições de trabalhos que impedem as investigações.
O estopim do protesto foi uma rebelião de presos na Delegacia de Colombo (Região Metropolitana de Curitiba), onde havia 92 presos em espaço para 24; e que resultou na morte de um agente de cadeia. Os agentes carcerários devem realizar assembleia e a categoria também pode parar.
Segundo o presidente do Sinclapol, André Luiz Gutierrez, a definição será decidida pela categoria. "Precisamos fechar as delegacias que não têm mais condições de atender à população por causa do excesso de presos, essa é uma das possibilidades, há ainda manifestações, protestos e inclusive a greve", comentou. Entre as delegacias fechadas estava Delegacia de Furtos e Roubos, que foi alvo de uma sequência de motins por causa da superlotação, com cerca de 100 presos contra uma capacidade de 30.
Leia mais:
Vice-governador entrega residencial com 240 unidades em Londrina
Filme de ficção científica será rodado no final de novembro em Maringá
Operação de combate a incêndios do Paraná termina: 2024 já teve o dobro de ocorrências de 2023
Minha Casa Minha Vida autoriza a construção de 1.282 casas para 44 cidades do Paraná
O governo reagiu com a remoção inicial de 82 presos de Colombo para o Complexo Penitenciário de Piraquara, dando início ao atendimento das reivindicações dos policiais civis. Além disso, o governo se comprometeu a transferir diariamente 50 presos dos distritos para as cadeias estaduais e devem totalizar cerca de 1200 presos.