Cerca de 3 mil servidores e professores da Prefeitura de Curitiba saíram em passeata pelas ruas do centro de Curitiba em direção ao Executivo Municipal, no Centro Cívico, deflagrando, assim, uma greve por tempo indeterminado da categoria.
Os sindicatos esperam a adesão dos cerca de 10,5 mil profissionais da rede municipal de ensino e de outros 33 mil servidores de outros órgãos municipais. No primeiro dias de greve, a paralisação chegou a cerca de 50% das escolas. Segundo informações da prefeitura, das 180 escolas, 90 foram afetadas pela greve.
A orientação da Secretaria Municipal da Educação aos pais é que entrem em contato com as escolas antes de levar os filhos para as aulas para saber qse o local está ou não paralisado.
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Reivindicação
A principal reivindicação da categoria é de reajuste salarial. Eles cobram aumento dos pisos salariais dos diferentes níveis de escolaridade: para R$ 1,5 mil para nível básico, R$ 2,5 mil para médio, R$ 3 mil para técnico e R$ 4,5 mil para nível superior, além da incorporação das remunerações variáveis.
Os professores querem que o piso salarial de R$ 1.199,64 pago pela Prefeitura a docentes com curso superior em uma jornada de 20 horas seja aumentado para R$ 1.800.
A prefeitura anunciou em 29 de fevereiro a concesão de 10% de reajuste. No caso dos professores, o piso passaria para R$ 1.319,90, mas os sindicalistas consideram o reajuste insuficiente.
Segundo a secretária municipal da Educação, Liliane Sabbag, com o reajuste de 10% e o pagamento de uma gratificação de pelo menos R$ 275 mensais do Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), o salário dos professores para 20 horas de trabalho chegará a R$ 1594,90. Os sindicalistas, no entanto, alegam perdas salariais acumuladas e insistem no aumento do piso para R$ 1.800.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira, durante o lançamento do programa Família Paranaense, o prefeito Luciano Ducci disse que, caso a categoria não aceite a proposta de reajuste de 10 mais um adicional de R$ 270 a R$ 550, ele vai retirar a proposta encaminhada à Câmara Municipal. "Se a categoria achar que não é adequado estes reajustes, vamos retirar o projeto em tramitação na Câmara e voltar ao patamar inicial", afirmou.