Paraná

PF desmonta comércio de baterias ilegais

22 set 2016 às 15:27

A Polícia Federal (PF) deflagrou nas primeiras horas da manhã de ontem (21), em Foz do Iguaçu, a Operação Lixo Tóxico para coibir crimes de corrupção ativa, poluição ambiental, contrabando e associação criminosa. Segundo as autoridades, empresas que comercializam peças automotivas na região Oeste importavam baterias usadas do Paraguai para revendê-las após processo de reciclagem, o que é proibido por lei.

Duas pessoas foram presas em flagrante, com armas em situação irregular. Na mesma operação, outras quatro pessoas também foram levadas para prestar depoimentos por meio de condução coercitiva. Durante a manhã de ontem, um efetivo de 20 policiais também cumpriu 20 mandados de busca e apreensão. Cerca de 10 mil baterias foram apreendidas. De acordo com a Polícia Federal, o recondicionamento das baterias é proibido por conta da toxidade das substâncias que compõem as carcaças desses equipamentos. O dano ambiental tem o agravo do armazenamento em lugar impróprio.


Uma perícia realizada em alguns pontos de armazenamento constatou vazamentos de ácido sulfúrico e de chumbo pelo solo. A preocupação da PF é que as duas substâncias são cancerígenas e podem contaminar lençóis freáticos e outras fontes de água que abastecem a população dos bairros vizinhos aos depósitos. Pelo menos dez empresas foram fechadas pela Polícia Federal. Nos escritórios foram encontrados adesivos com marcas das baterias e plástico para a embalagem. Após esta etapa, as baterias seriam vendidas como novas.


Se condenados, os indiciados devem responder também por corrupção ativa. Segundo a PF, alguns empresários tentaram, sem sucesso, subornar os servidores da Guarda Municipal, oferecendo dinheiro em troca da omissão no serviço. As penas máximas previstas variam de 3 a 12 anos de reclusão (prisão) para cada um dos crimes mencionados.

A Polícia Federal destacou que a parceria com a Guarda Municipal de Foz do Iguaçu tem obtido bons resultados em impedir a entrada de contrabando, drogas e outros produtos ilícitos, o que teria levado os empresários a tentar o suborno.


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