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Em bairro da capital

PM expulsará policiais acusados de tortura no Paraná

Agência Estado
04 mai 2012 às 15:25

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O Comando Geral da Polícia Militar do Paraná anunciou nesta sexta-feira que os dois policiais acusados de terem torturado o auxiliar de pedreiro Ismael Ferreira da Conceição, de 19 anos, no início de março, quando foi instalada a primeira Unidade Paraná Seguro (UPS) no Bairro Uberaba, em Curitiba, serão expulsos da corporação. "Nós queremos excluir esses policiais por questão de disciplina, por uma questão de respeito e por uma questão de que a polícia está para preservar a ordem e não para burlá-la", afirmou o comandante da PM, coronel Roberson Luiz Bondaruk.

De acordo com ele, o processo disciplinar com vistas à expulsão tinha sido instaurado paralelamente ao Inquérito Policial Militar. "Nós temos indícios de que houve efetivamente abuso por parte dos policiais e de que teria, em tese, havido inclusive tortura", acentuou. "Já existem provas robustas nos autos do inquérito que dão essa noção."

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Os policiais, que não tiveram os nomes divulgados, estão afastados do serviço desde que foram identificados. O processo de expulsão deve ser concluído em 30 dias.

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A denúncia foi levada à PM pela Comissão de Direitos Humanos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A acusação era de que o pedreiro tinha saído de casa e foi parado no Bairro Cajuru, vizinho do Uberaba, confundido com um assaltante. Apesar de não ter sido reconhecido pela suposta vítima, ele teria sido colocado no porta-malas de um carro e levado para um local afastado.

Retornou somente cinco horas depois, com várias lesões e afirmando que tinha sido torturado, inclusive recebendo choques. Conceição, que é negro e tem problema físico em uma das pernas, também denunciou prática racista por parte dos policiais.


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