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Curitiba

Polícia investiga explosão de carro abastecido com gás

Redação - Folha de Londrina
11 nov 2002 às 17:41

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A Polícia Científica -que investiga as causas da explosão de um carro que estava sendo abastecido com Gás Natural Veicular (GNV), no domingo, em Curitiba- já trabalha com a hipótese da responsabilidade pelo acidente ser do proprietário do veículo. Segundo a polícia, o Gol cinza placas AJL 9856 sofreu alterações no sistema de combustível, o que teria provocado a explosão. As conclusões oficiais sobre o acidente, no entanto, ainda não têm data para ser divulgadas e devem constar em um laudo técnico.

O proprietário do carro, identificado apenas como Idemar, abastecia o veículo no Posto Cem, na BR-116, quando o botijão que recebia o produto explodiu. De acordo com a Compagás, empresa que fornece o gás automotivo, isso aconteceu porque o botijão utilizado era de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), inadequado para o procedimento por não comportar a pressão que um cilindro de GNV receberia normalmente. Enquanto um botijão normal aguenta pressão de 15 atmosfera, um cilindro adequado para GNV comporta pressão 15 vezes maior.

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A polícia está investigando o motivo do carro estar sendo abastecido com um botijão normal. ''O carro estava com a transformação para receber GNV adequada, tanto que só o botijão explodiu, o cilindro ficou intacto'', explicou o perito da Polícia Científica, Eremi Sierakowcki. Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, o proprietário do carro teria tentado recolher pedaços do botijão depois da explosão. Ontem, ele teria tentado liberar o carro, que ainda está passando por perícia. O pedido foi negado pela Polícia Científica.

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O carro teve parte da traseira destruída pela pressão do ar no momento da explosão. Não houve fogo, nem feridos. ''Mas o proprietário do veículo colocou a vida dele e de terceiros em risco'', disse o engenheiro responsável pelo GNV da Compagás, Marco Aurélio Biesemeyer. Ele lembra que um acidente semelhante ocorrido em Recife (PE) no ano passado provocou a morte de duas pessoas.

Para evitar novos acidentes, proprietários de carros que optam por utilizar o gás automotivo como combustível devem fazer a transformação em oficinas credenciadas e não tentar realizar ''gambiarras'' no sistema. ''O cilindro que recebe o GNV é específico para esse fim e não pode ser alterado'', salienta o engenheiro da Compagás.


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