Subir convencionalmente pelo elevador os 120 metros da Torre da Telepar, ponto mais alto de Curitiba, já pode ser considerado um desafio. Escalar as paredes do prédio pode ser considerado loucura. Para o Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, no entanto, a escalada virou rotina. Eles utilizam a torre para o treinamento de rapel, conforme demonstração realizada nesta quarta-feira.
A técnica é aplicada em salvamentos em alturas, para realizar entradas em janelas e retiradas rápidas. No treinamento de ontem, quinze homens desceram a torre. O grau de dificuldade, explica o tenente Anderson Paglia, é o mesmo da descida em prédios ou em montanhas, mas agrava-se um pouco pelo fato de ser uma descida "negativa" , ou seja, sem apoio para os pés.
A prática faz parte da semana de treinamento em alturas realizada pelo COE. O comando é uma tropa de elite acionada em casos específicos, como sequestros e salvamentos em locais de difícil acesso.
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O treinamento foi acompanhado por dois admiradores especiais. Os gêmeos Fabiano e Fabrício Kraemer, de 13 anos, foram resgatados de um sequestro em 1995, em Marechal Cândido Rondon, pela equipe do COE. Desde então, os garotos acompanham os treinamentos da equipe. "é uma forma de agradecimento pelo que eles fizeram pela nossa família", enfatiza Fabrício.
Na próxima semana, o COE realiza treinamento em práticas de mergulho, explosivos e entradas táticas. O tenente Domingues explica que as técnicas são utilizadas raramente no Paraná. "Mas a equipe precisa estar preparada", justificou.