A alta concentração de ozônio está entre os principais problemas da poluição do ar de Curitiba e região metropolitana. A conclusão está no relatório de qualidade do ar divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
O estudo, elaborado pelo perito em poluição atmosférica Andreas Grauer, mostra a concentração de seis elementos poluidores medidos em seis estações de monitoramento em Curitiba e em três em Araucária, durante o ano passado. Altas concentrações de ozônio foram registradas com frequência, especialmente na primavera.
Os locais mais afetados foram o bairro Santa Cândida e a Cidade Industrial, em Curitiba. A Cidade Industrial ultrapassou o limite - recomendado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) - que pode afetar a saúde da população, durante 69 dias no ano passado. Outubro foi o mês que mais apresentou poluição de ozônio. A principal causa para as concentrações de ozônio foram as emissões veiculares.
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No Centro de Curitiba, o problema foi a alta concentração de partículas totais em suspensão. Presentes na emissão de veículos e também no pó das ruas, essas partículas foram encontradas em excesso nos meses de inverno, devido a menor quantidade de chuva, que provoca a dispersão dos poluentes. A média anual registrada ficou pouco acima do limite recomendado.
O relatório oferece sugestões para diminuir os índices de poluição atmosférica. A principal solução é limitar as emissões veiculares. Para isso sugere a elaboração de um planejamento viário para evitar congestionamentos.
Nesta quinta, foram entregues os kits para a medição da qualidade do ar que serão utilizados por 40 mil alunos de escolas de Curitiba e região durante o mês de agosto. A medição é promovida pelo projeto ProAr do Núcleo Interdisciplinar de Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná (Nimad-UFPR). Um encontro realizado ontem discutiu o projeto e a qualidade do ar em Curitiba.
Na medição feita em agosto do ano passado, foram detectados dois pontos com concentração de chuva ácida na cidade. Um no bairro Jardim das Américas e outro no Cristo Rei. A professora Orliney Guimarães explica que os componentes da chuva ácida (ácido sulfúrico e ácido nítrico) podem provocar desde problemas de saúde até a contaminação do meio ambiente.